A Associação das Câmaras Alemãs de Indústria e Comércio (DIHK) tem indicações de que "o consulado chinês não está emitindo vistos para empresários alemães com nomes turcos", disse o chefe do comércio exterior da organização, Volker Treier, à revista alemã de negócios Wirtschaftswoche na sexta-feira.
De acordo com a Wirtschaftswoche, o consulado chinês na Alemanha está rejeitando pedidos de vistos de empresários com nomes turcos e turistas que passaram longos períodos de tempo na Turquia.
Uma razão é a política da Alemanha em relação às ondas de migrantes que chegaram na Alemanha desde o Oriente Médio desde 2015. O governo chinês acredita que a Alemanha não exerceu controle suficiente sobre suas fronteiras durante o ponto alto da crise dos migrantes em 2015 e "aparentemente teme que haja terroristas ou ativistas turcos entre os requerentes de vistos".
A China acusou ativistas uigures de extremismo religioso e terrorismo e implementou uma repressão antiterrorista. A Turquia acusou Pequim de perseguir o grupo e ofereceu hospedagem a refugiados vindos da China.
Apesar dessas diferenças, em agosto, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu, se reuniram para iniciar cooperação reforçada em segurança e as medidas antiterroristas. Em uma coletiva de imprensa conjunta, Wang disse que Cavusoglu garantiu que Ankara "não permitiria nenhuma atividade anti-China" no país.