"Tais sinais de micro-ondas de grande potência são muito efetivos em desestabilizar e possivelmente desativar circuitos eletrônicos", comunicou à NBC News, Mary Lou Robinson, que chefia o desenvolvimento de armas no Laboratório de Pesquisas da Força Aérea.
A CHAMP ainda não está pronta para o deslocamento operacional, mas os oficiais da Força Aérea acreditam que a arma pode ser preparada para o funcionamento de contingência durante alguns dias, em caso de necessidade. Os EUA de fato testaram a arma contra as instalações que produzem as armas de destruição em massa.
"Eles vão ver mísseis de cruzeiro intervindo no país e ouvirão explosões. Quando descobrirem que são projéteis HPM menos letais, seria realizado um ataque de retaliação", afirmou Jeffery Lewis.
"Se sabem a localização de um míssil prestes a lançar, ou o local nuclear e querem alcançá-lo com um míssil de cruzeiro, é muito mais vantajoso utilizar explosivos convencionais. Qual é a vantagem de usar uma munição que é menos provável de danificá-lo e que pode danificá-lo de uma forma que não podemos ver? Pensem sobre um míssil. Não quero só incinerar a eletrônica do míssil. Quero destruir o míssil, o transportador e os operadores que o lançaram", afirmou analista militar e especialista em mísseis, Vipin Narang, mostrando-se contra a utilização da CHAMP.
Além disso, a Força Aérea norte-americana admite que o míssil deve aproximar-se da distância mais próxima possível do alvo para agir efetivamente, enquanto os mísseis norte-coreanos ficam bem escondidos e protegidos.
Teoricamente, a CHAMP pode conseguir cumprir os desejos da Força Aérea, mas existem várias incertezas. As micro-ondas de alta potência prejudicarão a eletrônica, mas de acordo com Lewis, não está claro o quanto de energia é necessário para desativar os sistemas específicos que podem ser complexos e protegidos. Sem saber em detalhes as particularidades da eletrônica dos mísseis norte-coreanos, será difícil confiar em qualquer resultado positivo da CHAMP.