"Nos próximos anos, devemos continuar nosso trabalho contínuo para um desenvolvimento eficiente das Forças Armadas. Neste sentido, queria destacar em especial que o mundo está passando por uma verdadeira reviravolta na economia, área tecnológica e do conhecimento", sublinhou o chefe de Estado.
"Devemos não apenas tomar em conta estas tendências, mas também colocá-las na base da construção e planejamento militares. A Rússia deve estar entre os países líderes e, em alguns sentidos, ser o líder absoluto na construção de um exército de nova geração, um exército da época da nova ordem tecnológica", continuou o presidente.
Ademais, Putin se mostrou preocupado com as tentativas ocidentais de "quebrar" a paridade nos sistemas de defesa antimíssil e sistemas relacionados com as armas nucleares.
"Como já sublinhei, evidenciamos novas tentativas de quebrar a paridade estratégica com a instalação de um sistema de defesa antimíssil global, bem como de sistemas equiparáveis aos das armas nucleares, mas em versão não nuclear, o que não é muito diferente dos [sistemas] nucleares no que se trata da sua precisão e capacidades de combate", frisou.
Além disso, o líder russo destacou o papel da operação síria na renovação das Forças Armadas russas. O presidente observou que, ao longo dos últimos anos, foram concluídas modificações estruturais e profundas no exército russo.
Putin destacou, aliás, que os militares russos na Síria "salvaram centenas de milhares de pessoas, preservaram a Síria como Estado e abriram o caminho para a resolução política do conflito interno sírio". O presidente deu uma avaliação elevada aos esforços dos militares russos no país árabe, assinalando que estes "atuaram de forma corajosa, profissional" e "eficiente".
"As seis inspeções de larga escala que decorreram neste ano confirmaram o alto nível de preparação do exército, a capacidade de reforçar de modo rápido os destacamentos no Ártico e de criar grupos militares autossuficientes e eficazes em outras direções-chave para o nosso país", resumiu.
Ao mesmo tempo, o comandante em chefe russo apelou ao desenvolvimento da chamada "tríade nuclear".
"Hoje em dia, as nossas forças nucleares estão ao nível que garante uma contenção nuclear segura. Mas temos que continuar desenvolvendo-as. Até finais de 2017, a parcela dos armamentos modernos na tríade nuclear russa ascendeu a 79% e até ao ano de 2021 as armas nucleares de baseamento terrestre devem ser equipadas com equipamentos modernos a 90%, trata-se de sistemas de mísseis capazes de ultrapassar os existentes, mesmo os promissores, sistemas de defesa antiaérea", concluiu Vladimir Putin.