Os membros trabalhistas do Parlamento mantêm posição dura sobre o assunto, sugerindo que o governo consagre seus votos em lei "sem demora". Mais de 200 parlamentares, principalmente da oposição, escreveram à primeira-ministra pedindo a mudança, informou a mídia britânica.
Escândalo Windrush
A chamada Geração Windrush migrou de países caribenhos (sobretudo da Jamaica e de Trindade e Tobago), pertencentes ao Commonwealth entre 1948 e 1971 para suprir a demanda de trabalho no Reino Unido pós-guerra. Residentes da ilha há pelo menos quatro décadas, parte deste grupo (que atualmente é de 500 mil pessoas de acordo com o Observatório de Migração da Universidade de Oxford) têm sofrido com mudanças nas regras de imigração desde 2012.
Apesar de viverem, trabalharem e pagarem impostos há vários anos, o governo tem exigido "provas" de cidadania, como passaportes, para continuar trabalhando ou recebendo tratamento do NHS (o serviço público de saúde britânico). A burocracia afeta principalmente quem se mudou para o Reino Unido ainda criança, já que a maioria viajava com os passaportes de seus pais e não solicitavam documentos de viagem enquanto estavam no Reino Unido.
Uma série de erros levou à classificação destas pessoas e de seus descendentes como "imigrantes ilegais", o que ocasionou a perda de direitos básicos, além de ameaças de deportação e demissão. Na última quinta (26), a primeira-ministra Theresa May, que anteriormente era ministra do Interior, pediu desculpas à comunidade através de uma carta publicana no jornal “The Voice”.
“Desiludimos vocês e lamento profundamente. Mas desculpas apenas não bastam. Precisamos corrigir com urgência esse erro histórico”.
Promessas
O mesmo privilégio seria concedido para qualquer pessoa de outros estado-membros da Commonwealth que residissem no Reino Unido durante o período mencionado.
Another disgusting story of #Windrush deportations as Home Office charter secret removal flight next week, almost unbelievably including grandmothers incarcerated in #Yarlswood. Theresa May’s apologies mean nothing #MayMustGo https://t.co/h2nq7rvu62 pic.twitter.com/qbMxkwGCsc
— Jennie Formby (@JennieGenSec) 28 апреля 2018 г.
"Outra repugnante reportagem de deportações dos #Windrush com um vôo secreto de remoção [realizado pelo] Ministério do Interior na semana que vem. Quase inacreditavelmente há avós encarceradas em #Yarlswood. As desculpas de Theresa May não significam nada #MayDeveSair", diz o tweet.
Amber Rudd sob críticas
A ministra britânica do Interior, Amber Rudd, já enfrentou uma série de pedidos de renúncia por causa do ineficiente tratamento aos Windrush. Os clamores tomaram corpo após apelos do prefeito de Londres, Sadiq Khan, da ministra do Sindicato dos Trabalhadores, Diane Abbott, e do líder do partido, Jeremy Corbyn.
Windrush assurances should be written into law, say MPs. Nobody trusts the Home Office to do what they promise. @theresa_may & @AmberRuddHR have ruined its reputation and even worse, they blame the civil servants when their cruel polices are uncovered. https://t.co/oSPSJlFAlq
— Buffy (@buffybatik) 29 апреля 2018 г.
Should both Theresa May and Amber Rudd be prosecuted for Misconduct in Public Office over their treatment of Windrush people
— Magpie's View #PCPEU (@MagpiesView) 29 апреля 2018 г.
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Ela refutou que renunciaria. Na segunda-feira, Amber deve prestar esclarecimentos ao Parlamento por alegadamente ter feito comentários contraditórios quanto a "alvos" do governo para remoção de imigrantes, algo que ela diz "pessoalmente desconhecer" mas que não nega ser verdade. Um documento interno veio à tona no início desta semana, afirmando que o Departamento definiu “uma meta de alcançar 12.800 retornos forçados em 2017-18”, segundo o The Guardian.