O interlocutor confirmou à Sputnik Turquia, que tais grupos armados como Tahrir al-Sham (proibido na Rússia), Huras ad-Din e Frente Nacional da Libertação, que inclui 16 grupos do Exército Livre da Síria (ELS), retiraram seus armamentos pesados das regiões do sul, sudoeste e leste de Idlib.
"Da indicada zona desmilitarizada […] de Idlib foram retiradas as armas pesadas, incluindo lança-foguetes Grad, sistemas de mísseis de médio alcance, obuseiros, sistemas de defesa antiaérea e tanques, bem como armas de longo alcance. Os militantes ficaram apenas com armas ligeiras e médias para garantir sua segurança", especificou o representante do ELS.
Ele destacou que os combatentes do Tahrir al-Sham foram os que mais se opuseram ao acordo sobre retirada de armamentos, mas "graças aos esforços da parte turca, foi possível persuadir os militantes a retirarem as armas".
Atualmente, acrescentou, no sul e sudoeste de Idlib permanecem combatentes do Tahrir al-Sham, do Huras ad-Din e unidades chechenas, enquanto no centro e no leste da região se encontra a Frente Nacional de Libertação.
"Quanto ao nordeste de Idlib, os militantes da Frente Nacional que atuam lá vão ficar com as armas, pois a região vizinha de Tell Rifaat é controlada pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) [consideradas grupo terrorista por Ancara]. Em geral, com a retirada das armas a ameaça de confrontos entre os grupos em Idlib diminuiu significativamente", concluiu o interlocutor.
Anteriormente, os presidentes da Rússia e Turquia, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, respectivamente, decidiram criar até 15 de outubro uma zona desmilitarizada ao longo da linha de contato entre a oposição armada e as forças governamentais em Idlib. Os ministros da Defesa dos dois países, por sua vez, assinaram um memorando sobre a estabilização da situação na província síria.