Guaidó assumiu a presidência interina em janeiro, depois de declarar a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018 como uma fraude. Ele indicou o economista Ricardo Hausmann para representar a Venezuela no BID.
Um porta-voz do Ministério da Economia da Argentina confirmou à Agência Reuters que apoiaria Hausmann em uma votação prevista para o final da semana. Em Brasília, um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores disse que o Brasil apoiava o candidato de Guaidó.
A maioria dos países do conselho da JID deve apoiar Hausmann, exceto aqueles que não reconheceram Guaidó, a saber, México, Uruguai, Nicarágua, Bolívia e China, de acordo com um funcionário do banco que pediu para não ser identificado.
A eleição de Hausmann para o conselho do BID seria o primeiro exemplo do governo de oposição da Venezuela colocando seu próprio homem em uma importante instituição internacional.
Hausmann é um ex-ministro do planejamento venezuelano que atuou como economista-chefe do BID entre 1994 e 2000. Ele ensina desenvolvimento econômico na Kennedy School of Government de Harvard.
O reconhecimento de Hausmann aumenta a pressão diplomática enfrentada por Maduro para renunciar após meses de agitação política. Os Estados Unidos disseram na última segunda-feira que retirarão todo o pessoal diplomático remanescente da Venezuela nesta semana.
A Venezuela também está enfrentando um apagão de eletricidade que durou o dia inteiro, o que prejudicou as exportações de petróleo do membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e deixou milhões de cidadãos lutando para encontrar comida e água.