Enquanto autoridades da Rússia, Turquia, Alemanha, França, Estados Unidos e da República do Congo se encontram em Berlim para elaborar soluções para a guerra civil na Líbia, o presidente russo, Vladimir Putin, ressaltou a contribuição de seu país e da Turquia para solucionar o problema.
Para o presidente, a Rússia e a Turquia aprenderam a encontrar compromissos.
Além disso, Putin disse que, após o trabalho diplomático russo, as partes em conflito na Líbia ouviram o chamado para o cessar-fogo e que as hostilidades em grande escala pararam no país.
"Embora alguns incidentes ocorram até agora, as duas partes ouviram o nosso chamado e as grandes ações militares foram cessadas", afirmou o presidente russo em uma reunião com o presidente turco antes da conferência sobre a Líbia.
Os esforços russos para a segurança no Oriente Médio foram ressaltados por Putin antes do início da conferência.
"Estamos realmente trabalhando de maneira muito eficiente em diversas direções chave da política internacional, em particular de caráter regional. Eu me refiro à Síria, a tudo o que está ligado com o programa nuclear iraniano, e também, à resolução do conflito líbio. Demos um passo muito bom durante o encontro em Istambul, conclamamos as partes líbias a um cessar-fogo e a pôr fim às operações militares", acrescentou.
Guerra na Líbia
Desde a morte do ex-presidente líbio Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia tem sido palco de disputas internas pelo poder.
Atualmente, o país tem dois centros de poder: o Governo do Acordo Nacional (GNA, na sigla em inglês), sob a liderança de Fayez al-Sarraj, e o Exército Nacional Líbio (LNA, na sigla em inglês), comandado por Khalifa Haftar.
Apesar de a maior parte do país estar sob o controle de Haftar, a capital Trípoli e a região noroeste do país encontram-se sob influência do GNA.