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Made in China: Pequim nacionalizará indústria de equipamentos médicos

© AP Photo / Mark SchiefelbeinFuncionários trabalham em instalação de produção de semicondutores da Renesas Electronics, durante excursão organizada pelo governo para jornalistas em Pequim, em 14 de maio de 2020. A China anunciou incentivos fiscais para estimular o crescimento de sua indústria de semicondutores após sanções dos EUA
Funcionários trabalham em instalação de produção de semicondutores da Renesas Electronics, durante excursão organizada pelo governo para jornalistas em Pequim, em 14 de maio de 2020. A China anunciou incentivos fiscais para estimular o crescimento de sua indústria de semicondutores após sanções dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 14.09.2022
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A decisão da China de banir equipamentos médicos fabricados no exterior está forçando as multinacionais a escolher entre deixar o mercado ou entregar suas tecnologias centrais.
Os governos nas províncias de Hubei, Anhui e Shanxi e na região autônoma de Ningxia emitiram avisos nesta semana aos hospitais locais para fazer uso exclusivo de equipamentos médicos e de teste produzidos internamente.
Isso ocorre na esteira de uma série de decisões do Partido Comunista da China (PCC), que visa nacionalizar a maior parte da sua indústria de equipamentos médicos.
Em maio de 2021, Pequim listou 315 itens (incluindo equipamentos para ressonância magnética e tomografia computadorizada, raios X e endoscópios) que desejava que os hospitais adquirissem apenas de produtores locais.
Com isso, escreve o portal Nikkei, os principais hospitais em Pequim e Xangai, além de outras áreas, estão limitando cada vez mais suas compras aos produtos produzidos internamente no país.
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A iniciativa visa reduzir a dependência das empresas estrangeiras que dominam o mercado chinês de equipamentos médicos com uma participação de 70% a 80% nas vendas de tomografia computadorizada e ressonância magnética. Os três principais fabricantes são General Electric, Siemens e Philips.
O mercado de equipamentos médicos da China é vasto e só deve se expandir no futuro, devido ao envelhecimento da população. A mídia local informou que o faturamento do mercado de equipamentos médicos da China deve dobrar até 2025 em relação aos US$ 140 bilhões (R$ 723,5 bilhões) de 2021.
Pequim quer que as empresas transfiram não só seus processos de montagem para o país, mas também pesquisa e desenvolvimento, projeto e aquisição de componentes críticos.
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O plano incentiva empresas estrangeiras a transferir tecnologia, visando, em última análise, elevar o nível da indústria nacional de equipamentos médicos para o mais alto do mundo até 2035.
Além disso, o governo anunciou em julho um projeto de emenda à lei de compras governamentais, dando tratamento preferencial para a aquisição de produtos de valor agregado na China.
O governo chinês vem expandindo sua repressão a empresas estrangeiras. Em 2018, o governo do presidente Xi Jinping deu um passo adiante ao listar os fabricantes de equipamentos de tecnologia da informação recomendados e seus produtos, como computadores pessoais e servidores. Em 2020, começou a restringir seriamente a aquisição de tecnologia para empresas chinesas.
A China também está pressionando as empresas japonesas a transferir sua tecnologia na fabricação de equipamentos de escritório, como fotocopiadoras.
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