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Para manter parceiro no Oriente Médio, EUA devem voltar a vender armas ofensivas a Riad, diz mídia

© AP Photo / Amr NabilHomem caminha próximo das bandeiras da Arábia Saudita e dos EUA
Homem caminha próximo das bandeiras da Arábia Saudita e dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 26.05.2024
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Em uma tentativa de melhorar as relações, Washington espera levantar a proibição de venda de armas ofensivas à Arábia Saudita, potencialmente já nas próximas semanas.
De acordo com o Financial Times (FT), o presidente dos EUA, Joe Biden, suspendeu a venda de tais armamentos ao reino há três anos, pouco depois de entrar na Casa Branca, criticando a condução pelos sauditas da guerra no Iêmen, entre preocupações sobre o uso de armas fabricadas nos EUA em ataques aéreos que mataram civis. O cancelamento da proibição seria o mais recente sinal de melhoria dos laços entre a administração Biden e Riad.
A Arábia Saudita é tradicionalmente um dos maiores compradores de armamento dos EUA e a suspensão das proibições poderia significar ainda mais receita para Washington, que tem visto seu orçamento de defesa ser consumido com os esforços para manter o conflito ucraniano. Segundo uma das fontes ouvidas pela FT, Washington está se preparando para suspender a proibição embora a Casa Branca tenha se recusado a comentar a questão.
A relação de Biden com Riad tem sido conflituosa desde que assumiu o cargo. Ainda durante a campanha de 2019, Biden acusou os sauditas de "assassinar crianças", em uma aparente referência à guerra no Iêmen, na qual milhares de pessoas foram mortas, e mais tarde, prometeu fazer do Estado do golfo Pérsico um "pária" após o brutal assassinato em 2018 do jornalista veterano Jamal Khashoggi no seu consulado em Istambul.
Mas as relações melhoraram significativamente desde então, especialmente depois do início da operação militar especial russa na Ucrânia ter demonstrado não apenas a fraqueza das orientações políticas norte-americanas para o Oriente Médio como as deficiências militares de Washington.
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Ainda segundo a apuração, altos funcionários dos EUA disseram esta semana que Washington e Riad estavam perto de finalizar uma série de acordos bilaterais, incluindo um pacto de defesa e a cooperação dos EUA no nascente programa nuclear civil do reino.
A Arábia Saudita liderou uma coligação árabe que entrou na guerra civil do Iêmen em 2015 para combater os houthis apoiados pelo Irã. A condução do conflito pelo reino suscitou críticas de inúmeros atores internacionais. Nos últimos anos, Riad se envolveu em conversações de paz com os houthis, enquanto o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman se concentrava nos seus ambiciosos planos de desenvolvimento interno e na redução das tensões com inimigos regionais, incluindo o Irã.
O progresso nas conversações no Iêmen estagnou após o ataque do Hamas em 7 de outubro e a ofensiva retaliatória de Israel contra o grupo militante palestino em Gaza.
Apesar disso, a Arábia Saudita continuou envolvida no processo de paz no Iêmen mediado pela ONU. Em um sinal de que não queria aumentar as tensões com os houthis, Riad não se juntou a uma força-tarefa marítima liderada pelos EUA destinada a combater os ataques houthis ao transporte marítimo com destino ou de propriedade de Israel, em sinal de protesto contra as operações armadas de Tel Aviv em Gaza.
Em Washington, as hostilidades regionais desencadeadas pela guerra Israel-Hamas reforçaram a crença da administração Biden de que precisa da Arábia Saudita como parceiro regional fundamental.
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