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Venezuela revoga convite para União Europeia monitorar eleições no país após manutenção de sanções

© Federico ParraUm homem usando uma máscara facial passa por um mural representando uma bomba de petróleo e a bandeira venezuelana, em uma rua de Caracas, em 26 de maio de 2022
Um homem usando uma máscara facial passa por um mural representando uma bomba de petróleo e a bandeira venezuelana, em uma rua de Caracas, em 26 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.05.2024
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela revogou nesta terça-feira (28) o convite realizado anteriormente à União Europeia (UE) para enviar uma missão a fim de monitorar as eleições presidenciais no país, previstas para o dia 28 de julho. A medida acontece diante da decisão do bloco de ratificar sanções contra o país caribenho.

"O poder eleitoral da República Bolivariana da Venezuela revoga e anula o convite que estendeu à União Europeia para que participasse de uma missão de monitoramento eleitoral nas eleições para o cargo de presidente, decisão adotada no exercício de nossa soberania", informou o presidente do CNE venezuelano, Elvis Amoroso.

Conforme o órgão, a medida é uma reação à hostilidade do bloco europeu em relação ao país. "Seria imoral permitir a participação [da UE] conhecendo suas práticas neocolonialistas e intervencionistas contra a Venezuela, não sendo bem-vinda sua presença em um processo eleitoral tão importante para a democracia e a paz da nação", destacou.
A decisão do CNE foi divulgada duas semanas após o Congresso venezuelano aprovar um acordo que pedia ao órgão a anulação do convite à UE.

Sanções prorrogadas até 2025

Em 13 de maio, o bloco europeu decidiu retirar temporariamente as sanções contra o presidente do CNE e os ex-funcionários Socorro Hernández, Xavier Moreno e Leonardo Morales, mas prorrogou as medidas contra a Venezuela até 2025.
O convite para a UE acompanhar as eleições presidenciais venezuelanas ocorreu em março deste ano, quando chegaram a ocorrer pelo menos dois encontros com uma delegação europeia em Caracas.
O alto representante da UE para Assuntos Exteriores e de Segurança, Josep Borrell, declarou na última segunda-feira (29) que "no devido tempo" informaria sobre o possível envio de uma missão de observação comunitária às eleições presidenciais venezuelanas. O anúncio ocorreu antes da retirada do convite.
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Fim da disposição em 'relaxar ou suspender' medidas

Ainda em novembro do ano passado, o Conselho da UE resolveu prolongar até maio deste ano as sanções contra Caracas, mas declarou disposição em relaxar ou suspender as restrições sob determinadas condições.
O primeiro pacote de sanções contra a Venezuela pela UE ocorreu em 2017, quando houve embargo à venda de armamentos e materiais militares. A lista também incluía o congelamento de ativos e o impedimento da entrada no território da UE de alguns cidadãos venezuelanos.
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