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Níger convida membros da CEDEAO a se juntarem à Aliança dos Estados do Sahel

© AP Photo / Kilaye BationoManifestantes protestam contra a França e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental nas ruas de Ouagadougou, Burkina Faso, 4 de outubro de 2022
Manifestantes protestam contra a França e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental nas ruas de Ouagadougou, Burkina Faso, 4 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2024
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O primeiro-ministro do Níger, Ali Lamine Zeine, convidou os países membros da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a aderirem à Aliança dos Estados do Sahel (AES), composta pelo Burkina Faso, Mali e Níger, noticiou o jornal Mali Actu.
"Durante a sua visita a Nairóbi para participar na reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o primeiro-ministro do Níger entregou uma mensagem à CEDEAO, convidando os membros da Comunidade a aderirem à Aliança dos Estados do Sahel", disse a publicação.
O convite de Zeine foi feito em meio à apelos para que Burkina Faso, Mali e Níger reingressem à CEDEAO.
Em setembro de 2023, os três países instituíram a AES para criar uma "arquitetura de defesa coletiva". De acordo com a aliança, um ataque contra soberania ou integridade territorial de um ou mais membros da AES seria considerado uma agressão contra todos os Estados-membros e exigiria assistência mútua, incluindo o uso da força militar.
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No final de janeiro deste ano, os três países anunciaram suas saídas da CEDEAO. Segundo seus representantes, a organização se tornou uma ameaça para os Estados que a compõe, observando que o bloco impôs "sanções ilegais, ilegítimas, desumanas e irresponsáveis" contra seus próprios membros.
Burkina Faso, Mali e Níger foram suspensos da comunidade e da União Africana após a mudança militar de governo dos três estados em 2021, 2022 e 2023, respectivamente.
Em resposta a transição de governos, a CEDEAO impôs várias sanções a cada um dos três países, embora algumas das restrições tenham sido levantadas desde então.
Nigerinos participam de ação convocada por apoiadores do general Abdourahamane Tchiani, presidente da junta militar que deu um golpe de Estado no Níger. Niamey, 30 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2024
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No início de agosto de 2023, a CEDEAO suspendeu a ajuda financeira ao Níger, fechou fronteiras, cancelou transações comerciais com o país, impôs uma proibição de viagens e congelou os bens dos soldados rebeldes, das suas famílias e de todos aqueles que concordassem em "participar nas instituições estabelecido pelos golpistas".
O bloco também considerou uma intervenção militar no país.
Burkina Faso, Mali e Níger estão marcados para abandonar a CEDEAO em 29 de janeiro de 2025. Por sua vez, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental defende a busca por uma solução negociada.
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