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Biden está escalando em direção à 3ª Guerra Mundial para melhorar suas chances de reeleição?

© AP Photo / Evan VucciO presidente Joe Biden faz comentários na Conferência Legislativa da Associação Nacional de Condados, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024, em Washington
O presidente Joe Biden faz comentários na Conferência Legislativa da Associação Nacional de Condados, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024, em Washington - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2024
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O presidente dos EUA, Joe Biden, deu luz verde nesta quinta-feira (30) para a Ucrânia usar armas norte-americanas contra a Rússia no território do país, embora o democrata tenha instruído que as Forças Armadas ucranianas limitassem os ataques à região de Carcóvia.
A decisão veio após vários países europeus também permitirem que a Ucrânia realizasse ataques dentro do território russo – sem a restrição de manter os alvos na Carcóvia – incluindo França e Alemanha, que haviam pressionado publicamente para que os EUA levantassem essas restrições.
A medida é mais uma da série de escaladas promovidas pelos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que arriscam um holocausto nuclear global para manter a Ucrânia viva por um pouco mais de tempo. Essa última mudança na aliança militar não mudará a realidade no campo de batalha, mas moverá o mundo para mais perto de uma confrontação catastrófica que poderia acabar com a civilização.
Assim como seu amigo pessoal próximo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Biden está se tornando cada vez mais impopular em casa. De acordo com pesquisas recentes, o democrata é o presidente mais impopular dos EUA em um primeiro mandato desde os anos 1940. Também é sabedoria política convencional nos Estados Unidos que uma guerra em andamento geralmente aumenta a aprovação de um presidente, como ocorreu com os presidentes George H. W. Bush e George W. Bush.
Biden também não pode se dar ao luxo de outra derrota na política externa, tendo sido envergonhado no Afeganistão, onde a retirada foi horrivelmente mal executada, e no mar Vermelho, do qual não conseguiu evitar o bloqueio dos houthis nas rotas de navegação. Enquanto o conflito na Ucrânia continuar, Biden não tem que admitir a derrota, como apontou o cartunista político Rall à Sputnik nesta quinta-feira (30). "Se você diz que tem uma nova ideia, neste caso permitir ataques dentro da Rússia, então você pode afirmar de forma credível que o conflito ainda não acabou", afirmou Rall.
Com protestos pró-palestinos ocorrendo em todo o país e grande rejeição, Biden se encontra em uma posição perigosa. Uma pesquisa recente descobriu que 20% dos eleitores democratas e independentes em estados-chave disseram que a forma como o presidente lidou com Gaza reduziu as chances de votarem em Biden, índice mais do que suficiente para mudar a eleição.
Joe Biden, presidente dos EUA, discursa durante cerimônia de formatura da turma de 2024 da Academia Militar dos EUA, no estádio Michie, em Nova York. EUA, 25 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2024
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"Houve muitas oportunidades para acordos de paz que poderiam acabar com este conflito horrível na Ucrânia, mas a administração Biden parece determinada a provocar uma guerra com a Rússia", disse Jeremy Kuzmarov, editor-gerente da Covert Action Magazine à Sputnik. "É um ano de eleição. A situação em Israel é realmente feia, há muitos grandes protestos contra ele. Talvez ele pense que pode unir o povo contra a Rússia", declarou.
Kuzmarov observou que, embora não tenha sido tão veemente ou rápido quanto na Palestina, o sentimento público nos EUA também azedou em relação à Ucrânia. "Então, não sei se essa é uma estratégia política vencedora, se é isso que ele está buscando."
Embora outros países da OTAN tenham liderado a redução das restrições aos ataques dentro da Rússia, também enfrentam agitação política em casa e possíveis derrotas nas eleições para o Parlamento da União Europeia (UE) no próximo mês. Na França, a coalizão governante do presidente Emmanuel Macron perde feio para o partido Rassemblement National e o partido socialista está logo atrás, em segundo lugar. Enquanto isso, em Berlim, o partido Alternativa para a Alemanha, um partido obscuro até pouco tempo atrás, subiu para o segundo lugar no país.

"A liderança [na Europa está] adotando políticas agressivas contra a Rússia e apoiando a Ucrânia até o fim e alinhando-se com os Estados Unidos nessa guerra", disse Kuzmarov, observando que a Eslováquia é uma exceção notável "e seu líder foi alvo de uma tentativa de assassinato".

Também foi relatado que alguns países europeus concederam permissão aos ucranianos para usar aviões de caça F-16, aeronaves capazes de transportar mísseis que carregam ogivas nucleares. "Portanto, não podemos deixar de ver o fornecimento desses sistemas ao regime de Kiev como uma ação deliberada de sinalização da OTAN na esfera nuclear. Eles estão tentando transmitir que os EUA e a OTAN estão prontos para ir a qualquer extremo na Ucrânia", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em entrevista exclusiva à Sputnik na última quarta (29).
Conforme Lavrov, os exercícios militares conjuntos entre Belarus e Rússia, que incluíram a prática com ogivas nucleares não estratégicas, devem servir como "um lembrete sóbrio para nossos oponentes das consequências catastróficas de uma maior escalada na escada nuclear."
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov participa da conferência Euromaidan: a Década Perdida da Ucrânia, no centro internacional de imprensa Rossiya Segodnya, em Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2024
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Com líderes no Ocidente aparentemente determinados a provocar a Terceira Guerra Mundial ou a chegar o mais perto possível da linha em uma tentativa fútil de melhorar seus números nas pesquisas, cabe ao povo forçar as mudanças.

"Esperançosamente esses movimentos crescem e acho que podemos ver mais protestos e podemos ver manifestantes que estão protestando contra o conflito Israel-Palestina fazerem a conexão entre políticas podres lá e no Ocidente e políticas podres em muitas outras regiões do mundo, incluindo esse ponto de perigo real", previu Kuzmarov, pedindo um movimento mais amplo "equivalente aos movimentos dos anos 60 ou algo [ainda] maior, o que realmente é necessário porque os líderes estão fora de controle".

"Precisamos, eu acho, de uma desobediência civil maciça contra líderes que não estão liderando no interesse da humanidade ou do público", acrescentou mais tarde.
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