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Rio de Janeiro: Região Metropolitana tem média de 17 confrontos por dia, diz pesquisa

© Sputnik Brasil / Rennan RebelloViatura do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro chega para reforçar o efetivo destacado para deter o sequestrador de um ônibus interestadual na Rodoviária do Rio, no Rio de Janeiro (RJ), com 16 pessoas mantidas reféns, em 12 de março de 2024
Viatura do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro chega para reforçar o efetivo destacado para deter o sequestrador de um ônibus interestadual na Rodoviária do Rio, no Rio de Janeiro (RJ), com 16 pessoas mantidas reféns, em 12 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 05.06.2024
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Levantamento mostra que entre 2017 e 2023 a Região Metropolitana do Rio de Janeiro registrou mais de 38,2 mil confrontos, uma média diária de 17. Desse total, metade contava com a presença de policiais.
Os dados são do estudo inédito "Grande Rio sob disputa: mapeamento dos confrontos por território", que foi realizado pelo Instituto Fogo Cruzado e pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI), da Universidade Federal Fluminense (UFF), e divulgado nesta quarta-feira (5) pela Agência Brasil. Apesar do montante, mais da metade dos bairros do Grande Rio não foram afetados por nenhum tipo de ocorrência.
Conforme a diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto, grande parte das áreas são afetadas por eventos pontuais. "São violências episódicas. Não são violências crônicas. Na média, só 3,7% dos bairros, a cada ano, foram afetados por conflitos regulares e de alta intensidade […]. Se são aplicados recursos de guerra, como fuzis, de forma indiscriminada em áreas de baixa intensidade e de baixa regularidade de conflitos, agrava-se a violência. A violência está na parte do problema e da solução. O que se vê é a polícia atuando de forma indiscriminada e, às vezes, tornando-se parte do problema", declarou à Agência Brasil.
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Concentração dos confrontos

Conforme o estudo, os confrontos estão concentrados em determinadas áreas, muitas vezes sem padrão geográfico. Os índices também apontam que em maioria envolvem ocorrências policiais: em 70% das áreas dominadas pelo tráfico há militares nos embates, enquanto na região dominada pela milícia o índice cai para 31,6%.
"Existe um padrão de desigualdade muito grande. Sob outra abordagem, vê-se que para cada área dominada por facções do tráfico afetada por confrontos sem a polícia, há cinco bairros afetados por confrontos policiais. No caso da milícia, nessa mesma comparação, é um para um. Ou seja, cada área de milícia que tem confrontos sem a presença da polícia tem em contrapartida uma área de milícia que registra confrontos policiais", finalizou.
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