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Aliado de Netanyahu anuncia saída do governo e pede data para novas eleições

© AFP 2023 / JACK GUEZUm outdoor de campanha eleitoral da coligação centrista de oposição Azul e Branco liderado por Benny Gantz (direita), retratando ele e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu do partido Likud, pendurado na cidade israelense de Bnei Brak, em 14 de março de 2021
Um outdoor de campanha eleitoral da coligação centrista de oposição Azul e Branco liderado por Benny Gantz (direita), retratando ele e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu do partido Likud, pendurado na cidade israelense de Bnei Brak, em 14 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2024
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Benny Gantz, um dos três ministros que compõem o gabinete de guerra de Israel, formalizou sua saída do governo israelense na esteira de uma indefinição sobre o que fazer com a Faixa de Gaza. O político ainda instou o premiê Benjamin Netanyahu a marcar novas eleições parlamentares.
"Infelizmente, Netanyahu está a nos impedindo de avançar em direção a uma verdadeira vitória que justifique o doloroso preço que continuamos a pagar. Estamos deixando a unidade do governo com o coração pesado, mas com plena confiança", afirmou.
Gantz, que atuou como ministro da Defesa do país entre 2020 e 2022, formalizou suas ameaças de deixar o governo. Feitas em meados de maio, o político queria ver um plano detalhado de ação sobre o que fazer com o enclave palestino da Faixa de Gaza até o último sábado (8).
"Para que possamos lutar da forma correta, o gabinete de guerra deve formular e aprovar até 8 de junho um plano de ação que levará à implementação de seis objetivos estratégicos de importância nacional", afirmou Gantz na época. Netanyahu, no entanto, não apresentou resposta. Pelo contrário, se limitou a pedir que Gantz não deixasse o governo.
Era esperado que Gantz anunciasse sua saída no sábado (8), mas o político adiou sua renúncia após o resgate de quatro reféns pelas Forças de Defesa de Israel, que deixou pelo menos 274 palestinos mortos e outros 698 feridos.
Em resposta ao, Netanyahu foi às redes sociais e pediu ao seu rival político para não "abandonar a batalha". "Benny, este não é o momento de abandonar a batalha – este é o momento de unir forças", disse em seu perfil no X.
Junto de Yoav Gallant, atual ministro da Defesa de Israel e segundo réu no Tribunal Penal Internacional, Gantz compunha o gabinete de guerra de Israel, formado em resposta aos ataques de 7 de outubro do Hamas.
Palestinos deslocados inspecionam suas tendas destruídas por um bombardeio de Israel, no oeste da cidade de Rafah. Faixa de Gaza, 28 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 04.06.2024
Panorama internacional
'Máquina de engolir terras': queda de Netanyahu não cessaria o avanço de Israel sobre a Palestina
Líder do centrista Partido da Resiliência de Israel, partido que compõe a coligação de oposição Unidade Nacional, Gantz entrou como base do Likud, partido de Netanyahu, na Knesset, Assembleia Legislativa Unicameral de Israel, após os ataques de 7 de outubro.
O Partido da Resiliência de Israel possuía cinco membros atuantes no governo de emergência. Dois deles já renunciaram ao cargo seguindo Gantz, Gadi Eisenkot e Yehiel Moshe Tropper.
Com sua saída, Gantz pediu novamente pela dissolução do Parlamento e o adiantamento das eleições. Sem seu partido, contudo, Netanyahu ainda mantém uma maioria com 64 dos 120 assentos obtidos pela aliança conservadora.
A saída de Gantz retira uma das vozes mais moderadas ao redor de Netanyahu e que garantia apoio, tanto interno quanto no estrangeiro, ao governo. A voz centrista equilibrava a de ministros mais conservadores da coalizão de Netanyahu, como o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que exigiu ingressar no gabinete de guerra.
"Apresentei um pedido ao primeiro-ministro exigindo a adesão ao gabinete", disse Ben-Gvir em uma carta publicada na plataforma X. "Chegou a hora de tomar decisões corajosas, conseguir uma dissuasão real e trazer segurança aos residentes do sul, do norte e de Israel como um todo."
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