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Especialista: parceria estratégica da Rússia com a Coreia do Norte 'simboliza novo nível de laços'

© Sputnik / Aleksandr ZemlyanichenkoO presidente russo, Vladimir Putin, dá as boas-vindas ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, antes de iniciarem reuniões, no campus da Universidade Federal do Extremo Oriente, na ilha Russky, no porto de Vladivostok, no extremo leste da Rússia, em 25 de abril de 2019
O presidente russo, Vladimir Putin, dá as boas-vindas ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, antes de iniciarem reuniões, no campus da Universidade Federal do Extremo Oriente, na ilha Russky, no porto de Vladivostok, no extremo leste da Rússia, em 25 de abril de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 18.06.2024
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O presidente russo Vladimir Putin aprovou nesta terça-feira (18) um novo projeto de acordo de parceria estratégica abrangente com a Coreia do Norte, antes da sua visita oficial de dois dias a Pyongyang.
A anunciada disponibilidade da Rússia para assinar um acordo de parceria estratégica com a Coreia do Norte é principalmente um passo "simbólico", disse à Sputnik o professor de política internacional na Universidade Federal do Extremo Oriente, em Vladivostok, Artyom Lukin.
"Posso sugerir que muito provavelmente esse será um documento simbólico, sublinhando que a Rússia e República Popular Democrática da Coreia [RPDC] são amigos que representam uma 'frente unida contra o Ocidente'", disse ele.
O presidente russo Vladimir Putin aceitou uma proposta do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para assinar um acordo de parceria estratégica com a Coreia do Norte antes da sua visita oficial à RPDC.
Isso "permitirá ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia, durante as negociações sobre a assinatura do referido tratado, fazer alterações em seu projeto que não sejam de natureza fundamental", de acordo com o decreto relevante. Moscou e Pyongyang devem assinar o acordo durante a visita de Putin à RPDC em 18 e 19 de junho.
Muito provavelmente, o novo tratado acrescentará mais "retórica antiocidental", observou ele, estipulando que o Ocidente coletivo "reivindica hegemonia" e que a Rússia e a RPDC "defendem um mundo multipolar e se opõem ao neocolonialismo".
"Será mais interessante ver em que exatamente o presidente Putin e Kim Jong-un concordarão durante as negociações", acrescentou.
Solicitado a esclarecer o novo tratado, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov observou que o documento "delineará as perspectivas de maior cooperação e será assinado, tendo em conta o que aconteceu entre os países nos últimos anos no campo da política internacional, na esfera econômica e no domínio das relações, tendo em conta as questões de segurança", disse. O assessor esclareceu ainda que as disposições do novo documento têm em conta todas as normas do direito internacional e não são dirigidas contra nenhum país terceiro. O documento contribuirá para a estabilidade na região, sublinhou o Kremlin.

O novo tratado substituirá acordos anteriormente assinados por Moscou e Pyongyang, como o Tratado de Amizade e Assistência Mútua (1961), o Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação assinado em 2000, e as Declarações de Moscou e Pyongyang de 2000 e 2001.

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O Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte, de 12 artigos, lançou as bases jurídicas para as relações básicas dos dois países em 2000. Lukin destacou que numerosos trabalhos analíticos dissecaram o significado por trás do conceito de "parceria estratégica abrangente". A Rússia já mantém uma relação de parceria estratégica com países como a China, a Índia e o Vietnã. Mas nada disso significa literalmente que eles estão "na mesma trincheira", acrescentou o professor.
"Penso que este é um símbolo de que as nossas relações com a RPDC estão atingindo um novo nível. Confirmamos que não queremos participar no regime de pressão de sanções sobre a RPDC. É claro que, ao assinar tal acordo, a Rússia está desafiando o regime de sanções internacionais contra ela", sublinhou Lukin.
Mas, ao mesmo tempo, estamos, na verdade, "sinalizando com esse acordo e com as nossas outras ações que já não existem sanções para nós", concluiu o analista.
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