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Mídia: ministro israelense declara que trabalha para anexar Cisjordânia a Israel

© AP Photo / Ronen ZvulunO primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à esquerda), e o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, durante coletiva de imprensa no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém, em 25 de janeiro de 2023
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à esquerda), e o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, durante coletiva de imprensa no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém, em 25 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 24.06.2024
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O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, comentou nesta segunda-feira (24) que está trabalhando politicamente para que o país judeu anexe o território palestino da Cisjordânia.

"Estamos levantando informações sobre o terreno para fazer de Judeia e Samaria [termo israelense para se referir à Cisjordânia ocupada] parte integrante do Estado de Israel", disse ele durante uma reunião de seu partido, Sionismo Religioso, divulgou o jornal Haaretz.

Em dezembro passado, apenas dois meses após o início dos ataques à Faixa de Gaza, Bezalel Smotrich pediu publicamente o retorno dos colonos judeus à Faixa de Gaza e sugeriu que a população palestina emigrasse para outros países.

"Estabeleceremos a soberania, primeiro no terreno e depois por meio da legislação. Tenho a intenção de legalizar os novos assentamentos [postos avançados ilegais]", comentou Smotrich, que também é responsável pela Administração Civil, órgão que supervisiona a ocupação israelense da Cisjordânia.

Segundo ele, a missão de sua vida é "frustrar o estabelecimento de um Estado palestino".
Campo de refugiados palestinos totalmente destruído após constantes bombardeios promovidos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). Jabalia, Faixa de Gaza, 29 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2024
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Também nesta segunda-feira (24), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu que a fase de intensos combates contra o movimento palestino Hamas está prestes a terminar, segundo a emissora israelense Channel 14.
O premiê disse que quando essa fase "intensa" terminar, as tropas poderão ser enviadas ao norte da Faixa de Gaza para "fins defensivos" e para "trazer os moradores [palestinos deslocados pela guerra] de volta para casa".
Suas declarações são dadas depois que dezenas de milhares de israelenses saíram às ruas, no domingo (23), para exigir sua renúncia.
Netanyahu vem enfrentando uma crise política interna, por usa atuação depois que o grupo palestino Hamas invadiu a fronteira israelense em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e sequestrando cerca de 240.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas, além de uma série de bombardeios em Gaza, que até agora deixaram mais de 37,4 mil palestinos mortos e mais de 82,7 mil feridos, segundo autoridades locais.
Desde então, quase 40 mil pessoas foram mortas por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.
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