Papel dos EUA não muda mesmo proibindo Ucrânia de atacar território russo fora da zona de conflito
© AP Photo / Lewis JolyO míssil de cruzeiro Storm Shadow está em exibição durante o Paris Air Show em Le Bourget, ao norte de Paris, França, 19 de junho de 2023
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A avaliação da Rússia do papel que os EUA desempenham no conflito ucraniano, favorecendo os planos mais destrutivos de Kiev, não mudou após as declarações do Pentágono de que as restrições ao uso de armas dos EUA para ataques no interior do território russo permanecem em vigor para Kiev, disse o vice-ministro da chancelaria russa, Sergei Ryabkov.
Ontem (9), o Pentágono declarou que os EUA não suspendem as restrições de ataques de longo alcance do Exército ucraniano com mísseis ocidentais aos territórios da Rússia que se encontram distantes da zona de conflito, dada a ameaça de escalada.
"Já tem sido repetidamente afirmado que a política de Washington, do ponto de vista do favorecimento dos mais destrutivos, graves projetos e fantasias de Kiev, está em grande parte no centro daquela crise, mas aguda, repleta de riscos elevados e do perigo de cair em um conflito abrangente entre a Rússia e o Ocidente histórico. Consequentemente, os relatórios de ontem não alteram nada na nossa avaliação", disse Ryabkov em resposta a um pedido para comentar as declarações do Pentágono.
"Não precisamos de certos sinais, mas de provas reais de que existe uma compreensão da falta de perspectivas do curso de apoio incondicional ao regime de Kiev e os riscos que se agravam em condições em que este rumo não é revisto", acrescentou o vice-ministro da chancelaria russa.
Moscou advertiu reiteradamente que a OTAN está "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, e que os trens com equipamentos militares estrangeiros seriam um "alvo legítimo" para seu Exército assim que cruzassem a fronteira. Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para as negociações entre Rússia e Ucrânia e tem um efeito muito negativo.