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Rússia deve fazer que BRICS não se empaque, pois tem um enorme potencial, diz especialista
Rússia deve fazer que BRICS não se empaque, pois tem um enorme potencial, diz especialista
Sputnik Brasil
O potencial do BRICS é enorme, e precisamos definir objetivos específicos de desenvolvimento para a associação, mas não se deve abrir a porta do BRICS para... 15.10.2024, Sputnik Brasil
2024-10-15T10:35-0300
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O BRICS é uma associação interestatal criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2024.O ano começou com a entrada de novos membros na associação: além de Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, o BRICS agora inclui Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.O principal evento deste ano vai ser a cúpula do BRICS com a participação de chefes de Estado em Kazan de 22 a 24 de outubro.Fila do BRICS: quem será o próximo a entrar?Os participantes do BRICS, embora sejam muito diferentes, têm uma percepção comum sobre os problemas do sistema mundial atual: aumento das dívidas e desequilíbrios comerciais e financeiros que precisam ser resolvidos, disse Bakhtizin.Porém, o especialista russo admitiu que, desde a entrada dos novos parceiros em 1º de janeiro de 2024, a associação ainda não formulou seus objetivos específicos e seu vetor de desenvolvimento.Ele sublinhou que na próxima cúpula em Kazan o BRICS deve definir não apenas os critérios de adoção de novos membros, mas também as vantagens que a associação lhes oferece:Segundo ele, agora é muito cedo para falar de uma moeda do BRICS, até certo ponto não está claro quem vai emitir e em que proporção cada Estado-membro vai participar de sua criação.Sanções têm o objetivo de romper relações da Rússia com Sul GlobalBakhtizin disse que a política de sanções norte-americana é causada não apenas pelos acontecimentos na Ucrânia. Em geral, são parte de uma política de longo prazo e multifacetada dos EUA.Em 2018, Washington iniciou uma guerra comercial contra Pequim que continua até hoje, citou o especialista como exemplo, acrescentando que a China não havia feito nada de mau aos Estados Unidos.Neste contexto, a Rússia deve desempenhar um papel mais importante no BRICS, acredita Bakhtizin, já que, sendo excluída do sistema SWIFT, o principal interessado na criação de um sistema de pagamentos do BRICS é ela.
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Rússia deve fazer que BRICS não se empaque, pois tem um enorme potencial, diz especialista
10:35 15.10.2024 (atualizado: 10:42 15.10.2024) O potencial do BRICS é enorme, e precisamos definir objetivos específicos de desenvolvimento para a associação, mas não se deve abrir a porta do BRICS para todos sem pré-requisitos, acredita Albert Bakhtizin, diretor do Instituto Central de Economia e Matemática da Academia de Ciências da Rússia.
O BRICS é uma associação interestatal criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2024.
O ano começou com a entrada de novos membros na associação: além de Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, o BRICS agora inclui Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
O principal evento deste ano vai ser a cúpula do BRICS com a participação de chefes de Estado em Kazan de 22 a 24 de outubro.
Fila do BRICS: quem será o próximo a entrar?
Os participantes do BRICS, embora sejam muito diferentes, têm uma
percepção comum sobre os problemas do sistema mundial atual: aumento das dívidas e desequilíbrios comerciais e financeiros que precisam ser resolvidos, disse Bakhtizin.
"Como o principal devedor do planeta, os EUA, tradicionalmente resolve esses problemas às custas de outros Estados, criando novos focos de tensão, o desejo natural da outra parte do mundo é se unir, por exemplo, com base no polo emergente da política global liderado pela China", explicou.
Porém, o especialista russo admitiu que, desde a entrada dos novos parceiros em 1º de janeiro de 2024, a associação ainda não formulou seus
objetivos específicos e seu vetor de desenvolvimento.
"Se o bloco está se posicionando como um contrapeso ao modelo ocidental de desenvolvimento mundial, é preciso pelo menos entender qual é a
essência da alternativa", enfatizou Bakhtizin.
Ele sublinhou que na próxima cúpula em Kazan o BRICS deve definir não apenas os critérios de adoção de novos membros, mas também as vantagens que a associação lhes oferece:
comércio livre de impostos;
compartilhamento de tecnologias;
livre mobilidade da mão de obra;
intercâmbio sem vistos de especialistas, analistas, estudantes e professores.
Segundo ele, agora é muito cedo para falar de uma moeda do BRICS, até certo ponto não está claro quem vai emitir e em que proporção cada Estado-membro vai participar de sua criação.
"É preciso dar um significado concreto ao BRICS. Assim, a aliança crescerá não apenas quantitativamente, mas também qualitativamente. Afinal de contas, seu potencial é enorme."
Sanções têm o objetivo de romper relações da Rússia com Sul Global
Bakhtizin disse que a política de sanções norte-americana é causada não apenas pelos acontecimentos na Ucrânia. Em geral, são parte de uma política de longo prazo e multifacetada dos EUA.
Em 2018, Washington iniciou uma guerra comercial contra Pequim que continua até hoje, citou o especialista como exemplo, acrescentando que a China não havia feito nada de mau aos Estados Unidos.
"As sanções antirrussas também têm como objetivo cortar os laços de Moscou com a Europa, enfraquecer a parceria russo-chinesa e afastar a Rússia dos países do Sul Global. No final, de acordo com os estrategistas ocidentais, isso deve levar a Rússia à completa degradação tecnológica", esclareceu.
Neste contexto, a Rússia deve desempenhar um papel mais importante no BRICS, acredita Bakhtizin, já que, sendo excluída do sistema SWIFT, o principal interessado na criação de um sistema de pagamentos do BRICS é ela.
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