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Vladimir Putin, presidente da Rússia, fala com a imprensa sobre resultados da Cúpula do BRICS
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Sputnik Brasil
Mais de 300 jornalistas se reuniram nesta quinta-feira (24), em Kazan, para uma coletiva com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre os resultados da... 24.10.2024, Sputnik Brasil
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A Rússia fez todo o possível para que os novos membros do BRICS se juntassem organicamente "à família" e isso deu certo, disse Putin.O presidente russo declarou que todas as sessões e os eventos da 16ª Cúpula do BRICS em Kazan foram realizadas de maneira aberta e profissional, em uma atmosfera de compreensão mútua.Segundo Putin, durante o encontro foi formulada uma lista com países que entrarão na categoria de parceiro do BRICS na próxima rodada de expansão do grupo.Os países do BRICS se comprometeram a construir uma ordem mundial mais democrática e multipolar e fortalecer a parceria no setor financeiro, segundo ele.'Que o Brasil seja o presidente'Em particular, a Rússia propôs estender a presidência do Brasil no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS, chefiado por Dilma Rousseff.Quando perguntado sobre o desenvolvimento de uma nova arquitetura de pagamentos, Putin afirmou que o foco atual do BRICS é fortalecer a transação das moedas nacionais de cada país e que não está nos planos criar uma moeda comum.Tampouco está sendo pensada uma alternativa própria para o SWIFT, mas está sendo estimulado o uso de sistemas próprios, como o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em russo).Segundo o presidente russo, está sendo pensada a criação de uma estrutura organizacional mais sólida para diálogos do BRICS. Acima disso, disse Putin, cada país do BRICS é autossuficiente e deseja, sinceramente, fortalecer seus laços com o grupo.Crise na UcrâniaFalando da crise ucraniana, Putin disse que todos os países-membros concordaram que o conflito deve terminar pacificamente e o mais rápido possível. Ele lembrou aos jornalistas presentes que a escalada na Ucrânia começou em 2014, quando um golpe de Estado apoiado pelos Estados Unidos ocorreu no país.Nesse contexto, muitos países apoiam a iniciativa de paz do Brasil e da China sobre a solução da questão ucraniana. No entanto, Putin afirmou ser incapaz de precisar o quão provável é que a iniciativa sino-brasileira seja adotada pela Ucrânia.A liderança de Kiev é muito irracional, sublinhou o presidente, já tendo abandonado a mesa de discussões em Istambul e, mais recentemente, recusando uma nova proposta de mediação feita pela Turquia.Por sua vez, o presidente Putin destacou que está preparado para considerar negociações que tenham como base as realidades que estão se desenvolvendo no campo de batalha.Ao mesmo tempo, segundo ele, o Exército russo está agindo com confiança em todas as direções e está avançando em todas as zonas da linha de frente.Na direção de Kursk, Putin sublinhou que há cerca de 2 mil soldados ucranianos cercados na província e que as Forças Armadas da Rússia estão no processo de eliminar esse agrupamento. Segundo o presidente, a Ucrânia perdeu 26 mil soldados no teatro de Kursk somente no último mês.Oriente MédioQuestionado sobre a crise no Oriente Médio entre Israel e seus vizinhos, Vladimir Putin destacou que sua posição é conhecida. O problema na região só pode ser resolvido "eliminando as causas"."E a principal razão é a ausência de um Estado palestino de pleno direito. É necessário implementar todas as decisões do Conselho de Segurança nessa área."Para o líder russo, é necessário "trabalhar com todos os atores" e não permitir em nenhum caso a escalada do conflito. "Inclusive, precisamos trabalhar com Israel, que reconhecidamente enfrentou um ato terrorista em outubro do ano passado."Já em relação ao Irã, que participou pela primeira vez da Cúpula do BRICS, Putin disse estar em contato com a liderança do país para evitar a intensificação do conflito.Sobre a Arábia Saudita, o presidente russo expressou seu desejo pelo aprofundamento da relação entre os dois países e destacou a presença dos representantes do país nos trabalhos realizados durante a cúpula.Rússia está isolada?Putin chamou de mentira as declarações de que ele supostamente se recusa a ter contato com parceiros ocidentais, mas lembrou que os países do Ocidente queriam reduzir a Rússia a um "Estado secundário que realiza exclusivamente a função de 'apêndice' de matéria-prima".O presidente disse que a Rússia está ciente da situação ao seu redor e não quer transferir todos os seus problemas para as instituições, cujo desenvolvimento é estimulado. Ele assegurou que Moscou vai lidar com seus problemas por conta própria.Conforme foi dito, o BRICS não é um formato fechado, mas está aberto a todos os que compartilham seus valores. A Rússia, disse o presidente russo, sente o apoio dos parceiros do BRICS, que não termina com a conclusão da cúpula.Putin ainda destacou que desde que a Europa parou de comprar gás russo, sua economia entrou em recessão, enquanto a Rússia viu seu produto interno bruto (PIB) crescer 3,59% em 2023, e prevê um crescimento de 4% neste ano."Os países ocidentais e europeus abandonaram as nossas fontes de energia, mas nós não nos recusamos [a entregá-los]."Relações com a RPDCPerguntado se a República Popular Democrática da Coreia estaria ajudando a Rússia em sua operação especial com tropas, Putin afirmou que, embora tenham assinado um tratado de cooperação estratégica, a execução do Artigo 4º, que trata de auxílio militar em caso de conflito armado, ainda não foi discutida com a República Popular Democrática da Coreia.Ainda assim, o presidente disse que Moscou não duvida "de forma alguma que a liderança norte-coreana leve a sério os nossos acordos".Vale lembrar que a Rússia possui uma população considerável de cidadãos coreanos, muitos dos quais fugiram durante a ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.Um novo futuro para a ÁfricaAo perguntar se a Rússia planeja expandir seu papel na África para além do combate ao terrorismo na região do Sahel, Putin afirmou a uma jornalista africana que a África e a Ásia são pontos focais do BRICS, uma vez que experimentarão grande crescimento econômico e populacional nos próximos anos."Tudo isso, assim como uma série de outros fatores, indicam que o ritmo de crescimento e o acúmulo de capital vão ocorrer; já está ocorrendo. Tudo isso indica que uma atenção especial deve ser dada a essas regiões do mundo."Nesse sentido, a atuação do Ocidente na África não tem se adaptado à nova importância geopolítica dessas regiões. As nações ocidentais, diz Putin, "estão impondo ferramentas do neocolonialismo ao forçá-los a depender novamente de tecnologias e empréstimos".Venezuela no BRICSO presidente russo destacou que as posições da Rússia e do Brasil se contradizem no que tange a entrada da Venezuela no BRICS. Putin lembrou que o país recém passou por eleições conturbadas, nas quais o opositor se declarou vencedor do pleito.Contudo, a entrada da Venezuela no BRICS só acontecerá com o consenso de todos os países, destacou Putin. "Queremos que o Brasil e a Venezuela, em uma discussão bilateral, resolvam suas relações."Rússia e EUAQuestionado por um jornalista norte-americano, Putin disse que as acusações de interferir nas eleições dos Estados Unidos não são verdadeiras. "O próprio Trump foi acusado de ter conexões com a Rússia e, depois de investigações por autoridades dos EUA, foi concluído que isso era besteira."Putin destacou também que quem quiser encontrar prova de uma interferência, basta olhar para Kiev e sua incursão em Kursk.Por outro lado, o mesmo jornalista disse que o ex-presidente Donald Trump havia dito que bombardearia o centro de Moscou como forma de estimular o fim do conflito na Ucrânia. Em resposta, Putin disse que não se lembra dessa fala de Trump, mas lembrou que os candidatos estão na reta final de suas campanhas e que, por isso, não se deve levar tais falas tão a sério."O que o senhor Trump disse recentemente, o que ouvi — ele falou sobre o desejo de fazer tudo para acabar com o conflito na Ucrânia —, parece-me que ele disse isso com sinceridade."Quanto à relação dos dois países, Putin disse que o estado das relações entre ambos dependerá da parte norte-americana.
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A Rússia fez todo o possível para que os novos membros do BRICS se juntassem organicamente "à família" e isso deu certo, disse Putin.
O presidente russo declarou que todas as sessões e os eventos da 16ª Cúpula do BRICS em Kazan foram realizadas de maneira aberta e profissional, em uma atmosfera de compreensão mútua.
Segundo Putin, durante o encontro foi formulada uma lista com países que entrarão na categoria de parceiro do BRICS na próxima rodada de expansão do grupo.
Os países do BRICS se comprometeram a construir uma ordem mundial mais democrática e multipolar e fortalecer a parceria no setor financeiro, segundo ele.
"A cúpula aprovou a Declaração de Kazan do BRICS, que resumiu as discussões que ocorreram. Em nossa opinião, é um documento abrangente e conceitual com uma agenda positiva com vistas ao futuro. É importante que ele reafirme o compromisso de todos os nossos Estados com a construção de uma ordem mundial mais democrática, inclusiva e multipolar baseada no direito internacional e na Carta da ONU [Organização das Nações Unidas]", ressaltou.
'Que o Brasil seja o presidente'
Em particular, a Rússia propôs estender a presidência do Brasil no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS, chefiado por Dilma Rousseff.
"A Rússia propôs estender a presidência brasileira desse banco e a da presidente do banco, a senhora [Dilma] Rousseff, tendo em mente que este ano o Brasil está presidindo o Grupo dos 20. No próximo ano, vai assumir de nós o bastão e liderar o BRICS", disse Putin.
Quando perguntado sobre o desenvolvimento de uma nova arquitetura de pagamentos, Putin afirmou que o foco atual do BRICS é
fortalecer a transação das moedas nacionais de cada país e que não está nos planos criar uma moeda comum.
Tampouco está sendo pensada uma alternativa própria para o SWIFT, mas está sendo estimulado o uso de sistemas próprios, como o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em russo).
Segundo o presidente russo, está sendo pensada a criação de uma estrutura organizacional mais sólida para diálogos do BRICS. Acima disso, disse Putin, cada país do BRICS é autossuficiente e deseja, sinceramente, fortalecer seus laços com o grupo.
Falando da crise ucraniana, Putin disse que todos os países-membros concordaram que o conflito deve terminar pacificamente e o mais rápido possível. Ele lembrou aos jornalistas presentes que a escalada na Ucrânia começou em 2014, quando um golpe de Estado apoiado pelos Estados Unidos ocorreu no país.
Nesse contexto, muitos países apoiam a iniciativa de paz do Brasil e da China sobre a solução da questão ucraniana. No entanto, Putin afirmou ser incapaz de precisar o quão provável é que a iniciativa sino-brasileira seja adotada pela Ucrânia.
A liderança de Kiev é muito irracional, sublinhou o presidente, já tendo abandonado a mesa de discussões em Istambul e, mais recentemente, recusando uma nova proposta de mediação feita pela Turquia.
"O início das negociações de paz levaria à necessidade de suspender a lei marcial e, imediatamente depois disso, as eleições presidenciais teriam de ser realizadas. Aparentemente, elas ainda não estão prontas", enfatizou o líder russo.
Por sua vez, o presidente Putin destacou que está preparado para considerar negociações que tenham como base as realidades que estão se desenvolvendo no campo de batalha.
Ao mesmo tempo, segundo ele, o Exército russo está agindo com confiança em todas as direções e está avançando em todas as zonas da linha de frente.
Na direção de Kursk, Putin sublinhou que há cerca de 2 mil soldados ucranianos cercados na província e que as Forças Armadas da Rússia estão no processo de eliminar esse agrupamento. Segundo o presidente, a Ucrânia perdeu 26 mil soldados no teatro de Kursk somente no último mês.
Questionado sobre a crise no Oriente Médio entre Israel e seus vizinhos, Vladimir Putin destacou que sua posição é conhecida. O problema na região só pode ser resolvido "eliminando as causas".
"E a principal razão é a ausência de um Estado palestino de pleno direito. É necessário implementar todas as decisões do Conselho de Segurança nessa área."
Para o líder russo, é necessário "trabalhar com todos os atores" e não permitir em nenhum caso a escalada do conflito. "Inclusive, precisamos trabalhar com Israel, que reconhecidamente enfrentou um ato terrorista em outubro do ano passado."
"Na verdade, as minhas conversas à margem da Cúpula do BRICS mostram que ninguém na região quer que o conflito se expanda […]. Ninguém."
Já em relação ao Irã, que participou pela primeira vez da Cúpula do BRICS, Putin disse estar em contato com a liderança do país para evitar a intensificação do conflito.
Sobre a Arábia Saudita, o presidente russo expressou seu desejo pelo aprofundamento da relação entre os dois países e destacou a presença dos representantes do país nos trabalhos realizados durante a cúpula.
Putin chamou de mentira as declarações de que ele supostamente se recusa a ter contato com parceiros ocidentais, mas lembrou que os países do Ocidente queriam reduzir a Rússia a um "Estado secundário que realiza exclusivamente a função de 'apêndice' de matéria-prima".
"Recebemos diferentes sinais de parceiros ocidentais sobre possíveis contatos. Não nos fechamos a esses contatos", disse Putin.
O presidente disse que a Rússia está ciente da situação ao seu redor e não quer transferir todos os seus problemas para as instituições, cujo desenvolvimento é estimulado. Ele assegurou que Moscou vai lidar com seus problemas por conta própria.
"Pode-se ameaçar qualquer um, mas é inútil ameaçar a Rússia, porque isso só nos anima", afirmou.
Conforme foi dito, o BRICS não é um formato fechado, mas está aberto a todos os que compartilham seus valores. A Rússia, disse o presidente russo, sente o apoio dos parceiros do BRICS, que não termina com a conclusão da cúpula.
Putin ainda destacou que desde que a Europa parou de comprar gás russo, sua economia entrou em recessão, enquanto a Rússia viu seu produto interno bruto (PIB) crescer 3,59% em 2023, e prevê um crescimento de 4% neste ano.
"Os países ocidentais e europeus abandonaram as nossas fontes de energia, mas nós não nos recusamos [a entregá-los]."
Perguntado se a República Popular Democrática da Coreia estaria ajudando a Rússia em sua operação especial com tropas, Putin afirmou que, embora tenham assinado um tratado de cooperação estratégica, a execução do Artigo 4º, que trata de auxílio militar em caso de conflito armado, ainda não foi discutida com a República Popular Democrática da Coreia.
Ainda assim, o presidente disse que Moscou não duvida "de forma alguma que a liderança norte-coreana leve a sério os nossos acordos".
Vale lembrar que
a Rússia possui uma população considerável de cidadãos coreanos, muitos dos quais fugiram durante a ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.
Um novo futuro para a África
Ao perguntar se a Rússia planeja expandir seu papel na África para além do combate ao terrorismo na região do Sahel, Putin afirmou a uma jornalista africana que a África e a Ásia são pontos focais do BRICS, uma vez que experimentarão grande crescimento econômico e populacional nos próximos anos.
"Tudo isso, assim como uma série de outros fatores, indicam que o ritmo de crescimento e o acúmulo de capital vão ocorrer; já está ocorrendo. Tudo isso indica que uma atenção especial deve ser dada a essas regiões do mundo."
Nesse sentido, a atuação do Ocidente na África
não tem se adaptado à nova importância geopolítica dessas regiões. As nações ocidentais, diz Putin, "estão impondo ferramentas do neocolonialismo ao forçá-los a depender novamente de tecnologias e empréstimos".
O presidente russo destacou que as posições da Rússia e do Brasil se contradizem no que tange a entrada da Venezuela no BRICS. Putin lembrou que o país recém passou por eleições conturbadas, nas quais o opositor se declarou vencedor do pleito.
Contudo, a entrada da Venezuela no BRICS
só acontecerá com o consenso de todos os países, destacou Putin. "Queremos que o Brasil e a Venezuela, em uma discussão bilateral, resolvam suas relações."
"Eu conheço o presidente Lula como um homem muito decente e honesto. E tenho certeza de que, exatamente a partir dessas posições, de uma posição de natureza objetiva, ele abordará essa situação."
Questionado por um jornalista norte-americano, Putin disse que as acusações de interferir nas eleições dos Estados Unidos não são verdadeiras. "O próprio Trump foi acusado de ter conexões com a Rússia e, depois de investigações por autoridades dos EUA, foi concluído que isso era besteira."
Putin destacou também que quem quiser encontrar prova de uma interferência, basta olhar para Kiev e sua incursão em Kursk.
"Querem a todo custo mostrar à atual administração e aos eleitores da atual administração que os seus investimentos na Ucrânia não foram em vão."
Por outro lado, o mesmo jornalista disse que o ex-presidente Donald Trump havia dito que bombardearia o centro de Moscou como forma de estimular o fim do conflito na Ucrânia. Em resposta, Putin disse que não se lembra dessa fala de Trump, mas lembrou que os candidatos estão na reta final de suas campanhas e que, por isso, não se deve levar tais falas tão a sério.
"O que o senhor Trump disse recentemente, o que ouvi — ele falou sobre o desejo de fazer tudo para acabar com o conflito na Ucrânia —, parece-me que ele disse isso com sinceridade."
Quanto à relação dos dois países, Putin disse que o estado das relações entre ambos dependerá da parte norte-americana.
"Se os EUA estiverem abertos à construção de relações normais com a Rússia, faremos o mesmo. Se eles não quiserem, então não façam. Mas essa é a escolha da futura administração."
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