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EUA preparam rascunho de plano para um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, diz mídia

© AP Photo / Hussein MallaFumaça sobe dos ataques aéreos israelenses em Dahiyeh, no subúrbio ao sul de Beirute, Líbano, 19 de outubro de 2024
Fumaça sobe dos ataques aéreos israelenses em Dahiyeh, no subúrbio ao sul de Beirute, Líbano, 19 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 31.10.2024
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Os EUA elaboraram um rascunho do plano para acabar com a guerra entre Israel e o Hezbollah que começaria com um cessar-fogo de 60 dias, mas ainda daria a Israel o direito de continuar atuando no espaço aéreo do Líbano com seus aviões de guerra.
A proposta delineada pelos EUA também daria às forças israelenses o direito de manter foco no Hezbollah "em autodefesa contra ameaças iminentes a Israel" e permitiria que seus aviões de guerra continuassem voando sobre o Líbano para "inteligência, vigilância e reconhecimento", de acordo com um rascunho vazado para a emissora estatal de Israel, Kann, na quarta-feira (30) à noite.
De acordo com o Financial Times, o vazamento ocorreu horas antes dos enviados dos EUA, Amos Hochstein e Brett McGurk, chegarem a Israel para discutir os esforços de Washington para acabar com o conflito que já dura mais de um ano.
Autoridades dos EUA confirmaram que o documento era autêntico e que deveria ser apresentado ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, mas também alertaram que edições foram feitas no rascunho vazado desde a semana passada, quando o documento foi datado.

Segundo fontes próximas ao governo libanês, o rascunho "ainda era inaceitável", já que os anexos dariam a Israel a capacidade de atirar em "autodefesa" no Líbano e garantir que o Hezbollah "não pudesse se reconstituir" no sul.

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Os EUA têm tentado coordenar há meses os esforços diplomáticos para encerrar o conflito, em meio a temores de que isso arriscaria empurrar o Oriente Médio para uma guerra total. As hostilidades aumentaram em setembro depois que Israel assassinou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, lançou ondas de ataques aéreos pelo Líbano e invadiu o sul do país.
O esforço de Washington por um acordo se concentrou em fazer com que os lados em guerra concordassem com a implementação da resolução 1701 da ONU, que encerrou sua última guerra em 2006. Ela pedia a retirada do Hezbollah da fronteira sul do Líbano com Israel e o fim dos voos israelenses sobre o Estado árabe. Mas não foi totalmente implementada por nenhum dos lados.

O novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, disse em um discurso televisionado na quarta-feira que o grupo aceitaria o fim da guerra se Israel quisesse, "mas será em nossos termos", acrescentando que as discussões políticas até agora foram infrutíferas.

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