Choque direto EUA-Rússia traz risco nuclear grave: 'Mais próximo do que pensamos', diz analista
© AP Photo / Senior Airman Clayton WearFoto fornecida pela Força Aérea dos EUA mostra o lançamento de um míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado durante um teste de desenvolvimento na Base Aérea de Vandenberg, Califórnia, 5 de fevereiro de 2020
© AP Photo / Senior Airman Clayton Wear
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Os Estados Unidos têm avançado com sua política ilusória da Ucrânia, drenando vidas do país enquanto aumentam os riscos de escalada, disse Jeffrey Sachs anteriormente à Sputnik.
O mundo está prestes a explodir, e "é muito chocante", alertou o economista norte-americano de renome mundial Jeffrey Sachs.
O confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia traz ameaças muito sérias e reais, disse ele durante uma palestra na capital da Armênia, Yerevan.
Os dois lados possuem milhares de ogivas nucleares, lembrou o presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Sachs se referiu ao atual conflito por procuração na Ucrânia como um confronto aberto travado pelos EUA, onde a Ucrânia tem prestado "um bom serviço ao morrer em nome dos norte-americanos".
Enfatizando que a conflagração é entre duas superpotências nucleares, ele questionou: "Você sabe o quanto falamos sobre o risco nuclear desta guerra? Zero".
De acordo com o economista, qualquer conversa nos EUA sobre os perigos inerentes de um impasse entre duas superpotências nucleares é considerada de "muito mau gosto" e descartada como se "[o presidente russo Vladimir] Putin estivesse apenas blefando".
A popularidade de tal ponto de vista nos EUA pode levar a uma situação catastrófica, de acordo com o especialista, quando não haverá tempo para dizer: "Desculpe, erramos".
"Teremos um minuto antes que o míssil caia [...]. E é assim que o mundo acaba", disse ele.
"Isso é realmente muito sério e muito mais próximo do que pensamos", alertou Sachs. A razão para essa situação terrível, explicou, é porque "não somos bem liderados", aludindo aos falcões de gatilho rápido em Washington e no Ocidente.
"Eles não eram os melhores alunos da classe, mas eles têm as mãos nos mísseis [...] e acreditam em jogos de guerra", resumiu o economista.
Há pouca chance de que o presidente Joe Biden conduza os Estados Unidos no sentido de uma "boa direção" durante o restante de seu mandato, disse Jeffrey Sachs anteriormente à Sputnik.
"Precisamos de uma política externa completamente nova, baseada em negociação, respeito mútuo com outras grandes potências e paz [...]. Os EUA não parecem ter muito pensamento sólido no topo [do poder] agora", disse o analista.