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Analista: rejeição do relatório da UNESCO sobre jornalistas mostra a 'autonomia do Sul Global'
Analista: rejeição do relatório da UNESCO sobre jornalistas mostra a 'autonomia do Sul Global'
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A não aprovação do relatório da diretora-geral da UNESCO sobre os assassinatos de jornalistas em todo o mundo, que omitiu as mortes de jornalistas russos... 15.12.2024, Sputnik Brasil
2024-12-15T07:35-0300
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Na última sexta-feira (13), foi realizada em Paris uma sessão do Conselho Intergovernamental do Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação da UNESCO. A agenda incluiu a discussão do relatório sobre a segurança dos jornalistas e o problema da impunidade nos anos 2022-2023. O documento não foi aprovado. Isto depois de a Rússia e vários outros países terem repudiado a omissão das mortes de trabalhadores da imprensa russa no documento. Para o especialista argentino formado pela Universidade de Buenos Aires Damián Bio, esta rejeição demonstra não só a perda de confiança nas instituições internacionais geridas pelos EUA, mas também "a crescente autonomia e poder do Sul Global". No entanto, o especialista destaca também que o enfraquecimento dos Estados Unidos e de seus aliados a nível internacional, graças em grande parte ao ressurgimento da Rússia e ao advento da China como a segunda maior economia do mundo, tornou possível não só o reconfiguração do tabuleiro de xadrez mundial, mas também levou a uma discussão renovada, mais equilibrada e justa sobre questões globais. Nesse sentido, Bio afirma que enfrentar a UNESCO "é mais uma peça desta nova realidade", percebendo que o que dizem organizações como as Nações Unidas não é tomado como verdade absoluta pelo resto do mundo, pois é evidente que são instituições que defendem os interesses geopolíticos ocidentais. Esta semana, o Clube Mexicano de Jornalistas se juntou à exigência para que a UNESCO corrigisse o relatório sobre a morte de jornalistas nos anos 2022-2023, por ignorar os trabalhadores da mídia russa. Sáenz de Miera solicitou ao órgão cultural das Nações Unidas, em nome da associação, que retificasse esta falta de informação, verificasse os dados precisos e os dados das organizações de jornalistas russas, além de incluir seus nomes no relatório em um anexo. Numerosos meios de comunicação e associações russas, bem como dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Russos e do Sindicato dos Jornalistas de Moscou enviaram uma carta à diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, para protestar contra a parcialidade do relatório. Além disso, vários altos funcionários do governo russo também expressaram seu repúdio, incluindo a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, o embaixador russo na UNESCO, Rinat Alautdinov, e o próprio chanceler da Rússia, Sergei Lavrov.
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Analista: rejeição do relatório da UNESCO sobre jornalistas mostra a 'autonomia do Sul Global'
07:35 15.12.2024 (atualizado: 11:28 15.12.2024) A não aprovação do relatório da diretora-geral da UNESCO sobre os assassinatos de jornalistas em todo o mundo, que omitiu as mortes de jornalistas russos, revela a crescente autonomia de um bloco mundial que não segue os ditames de Washington, disse Damián Bio, especializado em direito internacional, à Sputnik.
Na última sexta-feira (13), foi realizada em Paris uma sessão do Conselho Intergovernamental do Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação da UNESCO.
A agenda incluiu a discussão do relatório sobre a
segurança dos jornalistas e o problema da impunidade nos anos 2022-2023. O documento não foi aprovado. Isto depois de a
Rússia e vários outros países terem repudiado a omissão das mortes de trabalhadores da imprensa russa no documento.
Para o especialista argentino formado pela Universidade de Buenos Aires Damián Bio, esta rejeição demonstra
não só a perda de confiança nas instituições internacionais geridas pelos EUA, mas também "a crescente
autonomia e poder do Sul Global".
"Não há muitos anos, uma posição tão forte dentro da própria UNESCO teria sido impensável, uma vez que a hegemonia dos EUA e de seus aliados era absoluta e a censura não era permitida", salienta.
No entanto, o especialista destaca também que o enfraquecimento dos Estados Unidos e de seus aliados a nível internacional, graças em grande parte ao ressurgimento da Rússia e ao advento da China como a
segunda maior economia do mundo, tornou possível não só o
reconfiguração do tabuleiro de xadrez mundial, mas também levou a uma discussão renovada, mais equilibrada e justa sobre questões globais.
Nesse sentido, Bio afirma que enfrentar a
UNESCO "é mais uma peça desta nova realidade", percebendo que o que dizem organizações como as Nações Unidas não é tomado como verdade absoluta pelo resto do mundo, pois é evidente que são instituições que defendem os
interesses geopolíticos ocidentais.
Esta semana, o Clube Mexicano de Jornalistas se juntou à exigência para que a UNESCO corrigisse o relatório sobre a
morte de jornalistas nos anos 2022-2023, por
ignorar os trabalhadores da mídia russa.
"Estamos surpresos pelo referido relatório omitir – sem qualquer justificativa, mesmo na metodologia aplicada – o delicado caso dos jornalistas russos que tombaram no exercício de uma missão profissional, como a reportagem em uma frente e em contexto de guerra", escreveu Celeste Sáenz de Miera, secretária-geral da associação jornalística, em sua conta na rede social X.
Sáenz de Miera solicitou ao órgão cultural das Nações Unidas, em nome da associação, que retificasse esta
falta de informação, verificasse os dados precisos e os dados das organizações de jornalistas russas,
além de incluir seus nomes no relatório em um anexo.
Numerosos
meios de comunicação e associações russas, bem como dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Russos e do Sindicato dos Jornalistas de Moscou enviaram uma carta à diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, para
protestar contra a parcialidade do relatório.
Além disso, vários altos funcionários do governo russo também expressaram seu repúdio, incluindo a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, o embaixador russo na UNESCO, Rinat Alautdinov, e o próprio chanceler da Rússia, Sergei Lavrov.
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