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Lavrov: Rússia promete resposta firme às ameaças de mísseis dos EUA e da OTAN

© Sputnik / Chancelaria da RússiaMinistro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores e Assuntos Europeus da Eslováquia, Juraj Blanar, à margem da 31ª reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores e Assuntos Europeus da Eslováquia, Juraj Blanar, à margem da 31ª reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2024
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Moscou responderá firmemente na forma de contramedidas técnico-militares se Washington e a OTAN criarem novas ameaças de mísseis para a Rússia, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em entrevista à Sputnik.

"Estamos prontos para qualquer cenário. Se novas ameaças de mísseis forem criadas, os adversários receberão uma resposta firme na forma de contramedidas técnico-militares. Por sua vez, medidas hipotéticas para criar condições aceitáveis ​​para um diálogo igualitário serão levadas em consideração", afirmou Lavrov.

A Rússia só pode estar interessada em "um trabalho abrangente para reduzir o potencial de conflito, com ênfase na eliminação das causas básicas das contradições fundamentais de segurança", acrescentou o ministro.

"Isso inclui, antes de tudo, a expansão de longo prazo da OTAN para o Leste. Foi isso que provocou principalmente a crise ucraniana e continua a representar uma ameaça à segurança da Rússia. Hipoteticamente, questões de controle de armas também poderiam ser discutidas, mas apenas como um dos elementos de uma agenda mais ampla", disse Lavrov.

O chanceler também afirmou que Moscou está aberta a negociações para resolver o conflito em torno da Ucrânia.

"Estamos prontos para negociações, mas elas devem concentrar-se em eliminar as causas profundas da crise ucraniana e ter em conta a situação real no terreno", ressaltou Lavrov à Sputnik.

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Ele lembrou que as abordagens da Rússia para a solução da crise ucraniana foram delineadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, no seu discurso de 14 de junho, bem como durante a grande coletiva anual com os cidadãos em 19 de dezembro.
"Trata-se acima de tudo da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, das garantias do seu estatuto não alinhado, neutro e não nuclear, da eliminação de ameaças de longo prazo à segurança da Rússia vindas do Ocidente, incluindo a expansão da OTAN", completou.

Mudança de poder na Síria afeta a presença militar russa no país árabe

"Obviamente, a mudança de poder e a situação no terreno fazem certos ajustes à presença militar russa na Síria. Não se trata apenas da preservação das nossas bases ou posições fortificadas, mas também das condições da sua operação, manutenção e abastecimento e de interação com o lado local", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia.

Lavrov sublinhou, ainda, que a "Síria é um país soberano que tem o direito de assinar e rescindir acordos com os seus parceiros estrangeiros", ao mesmo tempo, indicou que até a data Moscou não recebeu nenhuma mensagem do novo governo sírio relacionada com a possível revisão dos acordos sobre as bases militares russas no país.
Nesse caso, a ausência de uma resposta a este respeito pode estar relacionada ao status provisório do atual governo em Damasco, argumentou o chanceler russo.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em reunião com o chefe do Gabinete da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, na 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York. Ministério das Relações Exteriores da Federação da Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 11.11.2024
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Apesar da crise na Síria, o chanceler garantiu que o acordo de cooperação russo com o Irã permanecerá inalterado.
O tratado de parceria estratégica entre a Rússia e o Irã não requer modificações tendo em vista a situação na Síria, declarou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em entrevista à Sputnik.
"O novo 'grande' acordo, cujo texto está pronto há muito tempo e foi acordado entre as partes, tem um caráter abrangente, de longo prazo e universal, e neste sentido não requer qualquer modificação", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, em resposta a perguntas sobre a necessidade de fazer alterações no documento após a mudança de poder na Síria.
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