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Entrada de 9 países no BRICS como parceiros mostra que o grupo 'oferece um paradigma mais inclusivo'

© Sputnik / brics-russia2024.ru / Acessar o banco de imagensA 16ª Cúpula do BRICS na cidade russa de Kazan
A 16ª Cúpula do BRICS na cidade russa de Kazan - Sputnik Brasil, 1920, 05.01.2025
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A entrada oficial de Belarus, Bolívia, Indonésia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia e Uzbequistão no grupo BRICS como parceiros a partir de 1º de janeiro de 2025 "representa outro marco" de seu desenvolvimento, afirma o Global Times (GT).
Com esta nova expansão do BRICS, o grupo não só ganha maior força econômica, mas também reconfirma o seu papel cada vez mais fundamental no avanço da criação de um mundo multipolar, afirma a publicação.
No artigo, Wang Youming, diretor do Instituto dos Países em Desenvolvimento do Instituto Chinês de Estudos Internacionais em Pequim, observa que a inclusão destes nove países como parceiros do BRICS destaca o impulso crescente do movimento global para remodelar uma ordem internacional injusta e desigual, dando prioridade a uma área historicamente relegada como o Sul Global.

"Em resposta à crescente expansão da família BRICS, alguns meios de comunicação ocidentais ficaram ansiosos, especialmente depois da Cúpula do BRICS em Kazan. Por exemplo, o Voice of America [Voz da América] disse que a reunião 'destacou as aspirações geopolíticas e as rivalidades com o Ocidente'", disse a artigo sobre o nervosismo de Washington e seus aliados.

No entanto, o GT explica que, apesar do que afirmam alguns meios de comunicação e políticos ocidentais, o BRICS não tem intenção de confronto.
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Não são apenas países do BRICS que estão defendendo a desdolarização: entenda tendência

"Eles são uma organização não ocidental, mas não antiocidental. Desde a sua criação, o BRICS articulou claramente o seu papel e missão: não começar do zero, não se envolver em confrontos entre partidos e não procurar substituir ninguém. Seu modelo de cooperação multilateral evita jogos de soma zero entre as principais potências e oferece um paradigma mais inclusivo para as relações internacionais. Foi esta inclusão que levou muitos países do Sul Global a se apressarem para se candidatar à adesão", observa o portal.

Nesse sentido, a mídia argumenta que a força motriz por trás desta explosão de interesse no BRICS é "a crescente demanda dos países em desenvolvimento por uma ordem internacional mais justa", algo lógico considerando que nas últimas décadas o mundo teve que suportar cada vez mais o peso das ações hegemônicas das potências ocidentais.
Em flagrante contraste, salienta o GT, os países do BRICS não só fizeram progressos notáveis no seu próprio desenvolvimento, mas também prosperaram graças a terem a colaboração como eixo e a defenderem a necessidade de uma mudança em direção a um sistema global multipolar.
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BRICS ajuda Sul Global a se livrar do modelo político ocidental de 'tomar partido', diz mídia
"Hoje, à medida que os riscos geopolíticos continuam a aumentar, os parceiros do BRICS oferecem aos países do Sul Global uma alternativa mais inclusiva, flexível e resiliente. O BRICS não só oferece oportunidades de cooperação econômica, mas também cria uma plataforma para os países em desenvolvimento terem voz e participar na reforma da governança global", afirma o artigo.
Nesse sentido, através da plataforma BRICS, o Sul Global pode se libertar da tradicional pressão geopolítica de "tomar partido" que os priva de mais oportunidades e melhores condições, obtendo maior autonomia em um mundo multipolar, argumenta a mídia.

"Alguns meios de comunicação ocidentais atribuem o risco de divisão global à expansão do BRICS, sugerindo que os países têm de escolher entre se unir e cooperar com o Ocidente. Eles tentam estigmatizar o BRICS como uma arma antiocidental. No entanto, um número crescente a maioria dos países reconhece que o mecanismo não é o que a mídia ocidental descreveu", afirma o jornal.

Neste sentido, o GT conclui salientando que o BRICS não seguiu o caminho ocidental de formar blocos exclusivos. Em vez disso, abriu um novo caminho de diálogo e não de confronto, baseado no princípio de "parceria, não alinhamento".
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