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Lavrov: Rússia desenvolve relações com Brasil nas áreas econômica e técnico-militar, além do BRICS
Lavrov: Rússia desenvolve relações com Brasil nas áreas econômica e técnico-militar, além do BRICS
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, está falando em uma grande coletiva de imprensa anual, onde destaca os eventos no mundo... 14.01.2025, Sputnik Brasil
2025-01-14T05:38-0300
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A coletiva de imprensa, que deve abranger uma ampla gama de questões de grande importância, é moderada pela representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.No início da coletiva de imprensa, antes das perguntas dos jornalistas, o ministro fez um comentário em que, em particular, enfatizou a importância da Carta das Nações Unidas e de sua observação por todos os países sem exceção, inclusive pelo Ocidente.Lavrov citou uma tentativa recente da Ucrânia de atacar o gasoduto TurkStream (Corrente Turca), que fornece gás russo da Rússia à Europa através do mar Negro, com todos os nove drones ucranianos sendo derrubados pela defesa antiaérea russa.A decisão, segundo o ministro, foi incentivada pelos Estados Unidos, que querem repetir a sabotagem do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte).Ele ressaltou que é preciso seguir cuidadosamente as ações do presidente eleito dos EUA Donald Trump, levando em conta seu lema de "tornar a América grande novamente".Reforma da atual ordem mundialO sistema de relações internacionais de Yalta-Potsdam, formado após a Segunda Guerra Mundial pelos EUA, Reino Unido e então União Soviética, tem correspondido aos princípios das relações entre os países, mas as posições no cenário mundial se alteraram.O Brasil, a Índia e países africanos mereciam há muito tempo se tornar membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, declarou Lavrov.Ele sublinhou que tais países economicamente desenvolvidos como o Japão e a Alemanha não merecem se sentar lá, pois seguem a mesma política que os Estados Unidos, não representando uma voz independente.América do Sul é fator importante nas mudanças globaisA América Latina, a região com a qual a Rússia tem tradicionalmente boas relações, é hoje um polo forte no quadro de transformação da atual ordem mundial.Lavrov sublinhou as relações russo-brasileiras que se desenvolvem em formatos como do BRICS, atualmente presidido pelo Brasil.Os laços entre o Brasil e a Rússia, que Lavrov chamou de promissores, abrangem, em particular, as áreas econômica e técnico-militar.O chanceler russo também sublinhou a contribuição do presidente brasileiro Lula da Silva para a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que Moscou está apoiando ativamente.Além do Brasil, a Rússia mantém boas relações com a Venezuela, Cuba e Nicarágua e está atenta às eleições na Bolívia, onde se veem novas tentativas estadunidenses de interferir nos assuntos internos do país latino-americano.Negociações possíveis com Trump sobre UcrâniaLavrov lembrou que, na questão da crise ucraniana, da mesma maneira como deverá ser resolvido o futuro da Groenlândia, a Rússia reconheceu o interesse das pessoas que habitam os territórios da Crimeia, Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk e regiões de Zaporozhie e de Kherson.Donald Trump deve assumir uma postura firme e fazer uma proposta concreta sobre a solução do conflito armado na Ucrânia, levando em conta os interesses da Rússia e do povo dos territórios onde o conflito está em andamento, disse o chanceler russo.Contudo, Lavrov destacou que Trump foi o primeiro dos políticos ocidentais de alto escalão a admitir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mentiu e não cumpriu a promessa de não se expandir em direção às fronteiras russas.A Rússia, por sua vez, está pronta a discutir as garantias de segurança para a Ucrânia, mas as negociações deverão abranger uma gama mais ampla de questões de segurança, afirmou.Crise na SíriaO chanceler russo explicou o agravamento da situação na Síria pela relutância de vários participantes do conflito armado de desenvolver ações pacificadoras e de reconciliação entre as partes em confronto e reformar a estrutura política interna do ex-governo sírio.Segundo Lavrov, a Rússia está mantendo contatos permanentes com o novo governo sírio e está prestes a contribuir para encontrar uma solução para a prolongada crise.Ele ressaltou o envolvimento dos Estados Unidos no agravamento da situação e disse esperar que a administração Trump, à qual o atual presidente Joe Biden deixa uma "legado pesado", formule sua abordagem em relação aos problemas mundiais.
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Lavrov: Rússia desenvolve relações com Brasil nas áreas econômica e técnico-militar, além do BRICS
05:38 14.01.2025 (atualizado: 10:39 14.01.2025) O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, está falando em uma grande coletiva de imprensa anual, onde destaca os eventos no mundo diplomático que determinaram o desenvolvimento das relações exteriores da Rússia e suas posições no cenário mundial.
A coletiva de imprensa, que deve abranger uma ampla gama de questões de grande importância, é moderada pela representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.
No início da coletiva de imprensa, antes das perguntas dos jornalistas, o ministro fez um comentário em que, em particular, enfatizou a importância da Carta das Nações Unidas e de sua observação por todos os países sem exceção, inclusive pelo Ocidente.
Lavrov citou uma
tentativa recente da Ucrânia de atacar o gasoduto TurkStream (Corrente Turca), que fornece gás russo da Rússia à Europa através do mar Negro, com todos os nove drones ucranianos sendo derrubados pela defesa antiaérea russa.
A decisão, segundo o ministro, foi incentivada pelos Estados Unidos, que querem repetir a sabotagem do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte).
Ele ressaltou que é preciso seguir cuidadosamente as ações do presidente eleito dos EUA Donald Trump, levando em conta seu lema de "tornar a América grande novamente".
Reforma da atual ordem mundial
O sistema de relações internacionais de Yalta-Potsdam, formado após a Segunda Guerra Mundial pelos EUA, Reino Unido e então União Soviética, tem correspondido aos princípios das relações entre os países, mas as posições no cenário mundial se alteraram.
O Brasil, a Índia e países africanos mereciam há muito tempo se tornar
membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, declarou Lavrov.
"Os países que têm responsabilidade especial na economia mundial, nas finanças mundiais e, consequentemente, na política mundial, nos arranjos militares mundiais, é claro, nem todos estão representados no Conselho de Segurança da ONU. Temos dito repetidamente que potências como a Índia e o Brasil, de acordo com todos os parâmetros, há muito que merecem presença permanente no Conselho de Segurança da ONU, simultaneamente com a decisão relevante sobre a participação africana permanente no Conselho de Segurança."
Ele sublinhou que tais países economicamente desenvolvidos como o
Japão e a Alemanha não merecem se sentar lá, pois seguem a
mesma política que os Estados Unidos, não representando uma voz independente.
América do Sul é fator importante nas mudanças globais
A América Latina, a região com a qual a Rússia tem tradicionalmente boas relações, é hoje um polo forte no quadro de transformação da atual ordem mundial.
Lavrov sublinhou
as relações russo-brasileiras que se desenvolvem em formatos como
do BRICS, atualmente presidido pelo Brasil.
Os laços entre o Brasil e a Rússia, que Lavrov chamou de promissores, abrangem, em particular, as áreas econômica e técnico-militar.
O chanceler russo também sublinhou a contribuição do presidente brasileiro Lula da Silva para a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que Moscou está apoiando ativamente.
Além do Brasil, a Rússia mantém boas relações com a Venezuela, Cuba e Nicarágua e está atenta às eleições na Bolívia, onde se veem novas tentativas estadunidenses de interferir nos assuntos internos do país latino-americano.
Negociações possíveis com Trump sobre Ucrânia
Lavrov lembrou que, na questão da crise ucraniana, da mesma maneira como deverá ser resolvido o
futuro da Groenlândia, a
Rússia reconheceu o interesse das pessoas que habitam os territórios da Crimeia, Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk e regiões de Zaporozhie e de Kherson.
Donald Trump deve assumir uma postura firme e fazer uma proposta concreta sobre a solução do conflito armado na Ucrânia, levando em conta os interesses da Rússia e do povo dos territórios onde o conflito está em andamento, disse o chanceler russo.
"Vamos esperar por iniciativas concretas. O presidente [russo Vladimir] Putin tem dito repetidamente que está pronto para se reunir, mas até agora não houve propostas."
Contudo, Lavrov destacou que Trump foi o primeiro dos políticos ocidentais de alto escalão a admitir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mentiu e não cumpriu a promessa de não se expandir em direção às fronteiras russas.
A Rússia, por sua vez, está pronta a discutir as garantias de segurança para a Ucrânia, mas as negociações deverão abranger uma gama mais ampla de questões de segurança, afirmou.
O chanceler russo explicou o
agravamento da situação na Síria pela relutância de vários participantes do conflito armado de desenvolver ações pacificadoras e de reconciliação entre as partes em confronto e reformar a estrutura política interna do ex-governo sírio.
Segundo Lavrov, a Rússia está mantendo contatos permanentes com o novo governo sírio e está prestes a contribuir para encontrar uma solução para a prolongada crise.
Ele ressaltou o envolvimento dos Estados Unidos no agravamento da situação e disse esperar que a administração Trump, à qual o atual presidente Joe Biden deixa uma
"legado pesado", formule sua abordagem em relação aos problemas mundiais.
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