Mídia: 3 ministros do gabinete Netanyahu se demitem em protesto contra cessar-fogo com Hamas
08:57 19.01.2025 (atualizado: 09:44 19.01.2025)
© AP Photo / Debbie HillO ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, grita durante a abertura da 25ª sessão do Knesset marcando o aniversário da guerra em Jerusalém, 28 de outubro de 2024
© AP Photo / Debbie Hill
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O partido de direita israelense Otzma Yehudit deixou a coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em resultado do acordo de cessar-fogo alcançado com o Hamas na Faixa de Gaza.
Segundo o The Times of Israel, os ministros da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, do Patrimônio, Amichai Eliyahu, e de Negev, Galileia e Resiliência Nacional, Yitzhak Wasserlauf, entregaram suas cartas de renúncia, cumprindo a ameaça do partido Otzma Yehudit de deixar a coalizão de Netanyahu após o estabelecimento do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
"A partir de agora, o partido Otzma Yehudit não é mais membro da coalizão", afirmou o partido em declaração.
O presidente do Otzma Yehudit, Itamar Ben-Gvir, afirmou em uma mensagem endereçada a Netanyahu que o "acordo de rendição ao terror do primeiro-ministro, que cruza todas as linhas vermelhas ideológicas" do partido, constitui "uma vitória completa para o terrorismo".
"Não retornaremos à mesa do governo sem uma vitória completa sobre o Hamas e a plena realização dos objetivos da guerra", acrescentou Ben-Gvir.
Ainda de acordo com a apuração, o partido também afirma por meio de sua declaração que os membros do Knesset (parlamento) Zvika Fogel, Limor Son Har-Melech e Yitzhak Kroizer "enviaram cartas de renúncia a seus cargos nos vários comitês ao presidente da coalizão", embora o destino de Almog Cohen ainda seja incerto, já que ele rompeu com o partido para votar com a coalizão inúmeras vezes durante este processo.
Com a saída dos integrantes do Otzma Yehudit, o premiê pode acabar perdendo algum apoio político no futuro próximo. Muito embora o partido tenha afirmado que não pretende derrubar o governo, a saída dos ministros e membros do parlamento pode complicar a capacidade de Netanyahu de manter uma maioria estável.
As partes envolvidas no conflito na Faixa de Gaza, Israel e Hamas, com mediação do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, concordaram com um cessar-fogo a partir de 19 de janeiro por 42 dias. Com o atraso de quase três horas, o cessar-fogo entrou em vigor hoje (19), às 11h15 no horário local.