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Boric e Lula enfrentam Trump porque querem o Uruguai no 'mapa progressista', diz analista
Boric e Lula enfrentam Trump porque querem o Uruguai no 'mapa progressista', diz analista
Sputnik Brasil
Depois de concordar em convocar uma cúpula progressista na região, o presidente chileno Gabriel Boric visitou o Uruguai para se encontrar com seu presidente... 04.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-04T05:41-0300
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Poucos dias após conversar com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Chile, Gabriel Boric, visitou o Uruguai para se encontrar com Yamandú Orsi, que assumirá a presidência do país em 1º de março. A visita de Boric ao próximo chefe de Estado uruguaio, da coalizão de esquerda Frente Ampla, parece ser um passo inicial para um "encontro de líderes progressistas" no Chile. Boric e Lula discutiram por telefone no dia 29 de janeiro, confirmando uma visita do chileno ao Brasil e coordenando um encontro de lideranças progressistas para defender a democracia, a ciência, o respeito e o trabalho com os mais necessitados, além de promover valores humanísticos e a integração da América Latina e do Caribe. Nesse contexto, Orsi surge como um potencial novo aliado na América Latina. Vindo do Movimento de Participação Popular (MPP), setor da Frente Ampla liderado pelo ex-presidente José Mujica, Orsi descreveu Boric e Lula como seus "referentes progressistas" na região, embora tenha evitado criticar figuras como Donald Trump e Javier Milei. Para o especialista, buscar mecanismos de integração "é uma necessidade não só para governos progressistas, mas para todos os países da região" em um contexto em que os EUA de Trump buscam se impor por meio "dos recursos de poder mais duros da política internacional: tamanho do mercado, poder militar e poder financeiro". Para o analista, a necessidade de "resistir aos ataques mais duros" das políticas de Trump gera "incentivos à cooperação na região", embora também deixe espaço para que outros países decidam "seguir seu próprio caminho e obter melhor tratamento relativo". Se a posição defendida por Lula e Boric for a que prevalece na América Latina, a região poderá responder às ameaças do presidente norte-americano "com mais força". Moderação do presidente uruguaio Agora, Pose explicou que a contribuição que o novo presidente uruguaio pode dar a essa integração é relativa, na medida em que o Uruguai é um país relativamente pequeno e já que "a agenda imigratória de Trump não tem os uruguaios como um dos principais alvos, nem o país foi mencionado como um potencial destinatário de novas tarifas", disse ele. Pose acredita que "não seria lógico" que Orsi tornasse a adesão a um espaço de coordenação regional para combater as medidas de Trump uma "prioridade" neste contexto. O especialista uruguaio considerou ainda que o presidente uruguaio eleito "não impedirá os esforços de outros governos para tentar coordenar posições" e certamente se unirá a esse tipo de iniciativa, embora "não a partir de uma posição de liderança". Também em diálogo com a Sputnik, o ex-deputado uruguaio e presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Frente Ampla, Pablo Álvarez, admitiu que a integração regional "não está em seus melhores momentos". Para o líder da Frente Ampla, a integração latino-americana evoluiu de um ideal dos heróis do passado para uma necessidade presente e uma condição essencial para o futuro da região, especialmente em um mundo que tende a formar blocos fechados. Ele destacou que a perspectiva integracionista será central na política do Uruguai para a região, o que se comprova quando, após as ameaças de Trump, cada país responde conforme suas capacidades, equilibrando interesses internos e externos.
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Boric e Lula enfrentam Trump porque querem o Uruguai no 'mapa progressista', diz analista
05:41 04.02.2025 (atualizado: 06:50 04.02.2025) Depois de concordar em convocar uma cúpula progressista na região, o presidente chileno Gabriel Boric visitou o Uruguai para se encontrar com seu presidente eleito, Yamandú Orsi. "É fundamental tentar coordenar algumas posições diante de agendas negativas vindas dos EUA", disse o analista Nicolás Pose à Sputnik.
Poucos dias após conversar com o
presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Chile, Gabriel Boric, visitou o Uruguai para se encontrar com Yamandú Orsi, que
assumirá a presidência do país em 1º de março. A visita de Boric ao próximo chefe de Estado uruguaio, da coalizão de esquerda Frente Ampla, parece ser um passo inicial para um "encontro de líderes progressistas" no Chile.
Boric e Lula discutiram por telefone no dia 29 de janeiro, confirmando uma visita do chileno ao Brasil e coordenando um
encontro de lideranças progressistas para defender a democracia, a ciência, o respeito e o trabalho com os mais necessitados, além de promover
valores humanísticos e a integração da América Latina e do Caribe.
Nesse contexto, Orsi surge como um potencial novo aliado na América Latina. Vindo do Movimento de Participação Popular (MPP), setor da Frente Ampla liderado pelo ex-presidente José Mujica,
Orsi descreveu Boric e Lula como seus "referentes progressistas" na região, embora tenha evitado criticar figuras como
Donald Trump e Javier Milei.
Consultado pela Sputnik, o analista internacional uruguaio Nicolás Pose considerou que a "coincidência programática" entre Boric, Lula e Orsi "pode gerar uma boa plataforma para chegar a alguns acordos", embora tenha destacado que para que isso funcione "deve ser traduzido em iniciativas concretas que transcendam o ponto de partida".
Para o especialista, buscar
mecanismos de integração "é
uma necessidade não só para governos progressistas, mas para todos os países da região" em um contexto em que os EUA de Trump buscam se impor por meio "dos recursos de poder mais duros da política internacional: tamanho do mercado, poder militar e poder financeiro".
Para o analista, a necessidade de "resistir aos ataques mais duros" das políticas de Trump gera "incentivos à cooperação na região", embora também deixe espaço para que
outros países decidam "
seguir seu próprio caminho e obter melhor tratamento relativo". Se a posição defendida por Lula e Boric for a que prevalece na América Latina, a região poderá responder às ameaças do presidente norte-americano "com mais força".
Moderação do presidente uruguaio
Agora, Pose explicou que a
contribuição que o novo presidente uruguaio pode dar a essa integração é relativa, na medida em que o Uruguai é um país relativamente pequeno e já que "a agenda imigratória de Trump não tem os uruguaios como um dos
principais alvos, nem o país foi mencionado como um potencial destinatário de novas tarifas", disse ele.
Pose acredita que "não seria lógico" que Orsi tornasse a adesão a um espaço de coordenação regional para combater as medidas de Trump uma "prioridade" neste contexto.
"Não imagino Orsi em polêmicas, mas muito pelo contrário, porque esse é o seu perfil, principalmente com a Argentina. Ele tem sido muito claro que, além de convergências e divergências, o Uruguai tem a necessidade de encontrar entendimentos mínimos com a Argentina", destacou.
O especialista uruguaio considerou ainda que o presidente uruguaio eleito "não impedirá os esforços de outros governos para tentar
coordenar posições" e
certamente se unirá a esse tipo de iniciativa, embora "não a partir de uma posição de liderança".
Também em diálogo com a Sputnik, o ex-deputado uruguaio e presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Frente Ampla, Pablo Álvarez, admitiu que a integração regional "não está em seus melhores momentos".
"Orsi foi eleito pela Frente Ampla, que tem a integração regional como elemento central de sua política em seu programa. Orsi também fez um balanço dessa agenda particular que Lula e Boric promoveram e não tenho dúvidas de que o próximo governo do Uruguai estará em sintonia com essa visão", argumentou Álvarez.
Para o líder da Frente Ampla, a
integração latino-americana evoluiu de um ideal dos heróis do passado para uma necessidade presente e uma condição essencial para o futuro da região, especialmente em um
mundo que tende a formar blocos fechados.
Ele destacou que a perspectiva integracionista será central na política do Uruguai para a região, o que se comprova quando, após as ameaças de Trump, cada país responde conforme suas capacidades,
equilibrando interesses internos e externos.
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