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'Preservar a função cerebral e eliminar doenças': o que a neurocirurgia moderna pode fazer
'Preservar a função cerebral e eliminar doenças': o que a neurocirurgia moderna pode fazer
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O primeiro na lista de órgãos humanos inexplorados é o cérebro, o que também complica seu tratamento. O presidente da Associação Russa de Neurocirurgia, Dmitry... 16.03.2025, Sputnik Brasil
2025-03-16T08:03-0300
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Até hoje, o cérebro humano continua sendo um mistério não completamente resolvido, diz Usachev, que também é diretor do Centro Nacional Burdenko de Pesquisa Médica em Neurocirurgia. Ele destaca a singularidade desse órgão, que controla todo o organismo e é responsável por todas as funções vitais, incluindo a respiração e a função cardíaca. Quais as patologias que os neurocirurgiões encontram com mais frequência? Devido à natureza específica do centro dirigido por Usachev, metade dos pacientes sofre de oncologia do sistema nervoso central: tumores primários, secundários e metastáticos. Entre outras doenças comuns, o acadêmico lista: Além disso, a aterosclerose é "um dos principais inimigos da humanidade depois do câncer", observa o médico, acrescentando que ela é responsável por uma parcela significativa das cirurgias. "Ela afeta todos os vasos sanguíneos: isso inclui as artérias carótidas, as artérias do coração, as extremidades inferiores e a aorta. Está entre os três maiores inimigos da humanidade", observou. Nos últimos anos, o número de pacientes que necessitam de tratamento aumentou significativamente, diz Usachev sobre seu trabalho no centro médico. Isso se deve principalmente à maior disponibilidade e qualidade dos diagnósticos de doenças do sistema nervoso central, explicou. "Antes, as pessoas ficavam doentes e morriam, às vezes por razões que não eram totalmente claras. Agora, que os diagnósticos estão sendo ativamente estabelecidos em todo o país, doenças que antes eram consideradas raras estão surgindo e agora são conhecidas por serem bem comuns", argumenta o neurocirurgião. É possível detectar e prevenir doenças vasculares? Continuando com o tema da aterosclerose, o médico ressalta que, entre os meios disponíveis para detectar patologias em estágio inicial, está o exame de ultrassom dos vasos do pescoço, e recomendou a realização de um check-up anual a partir dos 40 anos. O problema das alterações nas principais artérias não é tão simples; o risco de sua ocorrência nem sempre pode ser completamente descartado, afirmou. No entanto, um estilo de vida saudável, sem peculiaridades alimentares, mas também sem comer demais, ajudará a reduzir os riscos. "Tudo deve ser feito com moderação", acrescentou o especialista. Segundo Usachiov, os principais fatores no desenvolvimento da aterosclerose são distúrbios do sistema de coagulação sanguínea e dos níveis de colesterol. Por isso, a partir de certa idade, é necessário monitorar esses índices. Existem medicamentos para mantê-los em níveis normais, indica o acadêmico. Um tumor cerebral tem cura? A terapia de tumores malignos está em constante evolução. Não há dúvidas de que essa doença é passível de tratamento, cuja eficácia está na complexidade das medidas adotadas, ressaltou o neurocirurgião. "Envolve tratamento cirúrgico e verificação histológica do tumor em nível molecular. Opções de tratamento adicionais são então determinadas: radioterapia e quimioterapia", explicou. Na medicina de pesquisa, a busca pelo tratamento ideal se concentra na genética molecular — moléculas de DNA e RNA sintetizadas de tal forma que fornecem medicamentos às células tumorais, as eliminando seletivamente, observou Usachiov. É impossível entender completamente como o cérebro funciona, mas a pesquisa está avançando no sentido de identificar o que pode e o que não pode ser eliminado, como limpar o cérebro "das coisas extras que aparecem de repente nele": vasos sanguíneos, tumores, lesões fúngicas ou parasitas, exemplificou.
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ciência e tecnologia, rússia, saúde, pesquisa, medicina, bem-estar, doenças, cérebro, cura
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'Preservar a função cerebral e eliminar doenças': o que a neurocirurgia moderna pode fazer
O primeiro na lista de órgãos humanos inexplorados é o cérebro, o que também complica seu tratamento. O presidente da Associação Russa de Neurocirurgia, Dmitry Usachev, explica ao site Nauchnaya Rossiya (Rússia Científica) quais as doenças do sistema nervoso central mais comuns, se são tratáveis e como preveni-las.
Até hoje, o cérebro humano continua sendo um mistério não completamente resolvido, diz Usachev, que também é diretor do Centro Nacional Burdenko de Pesquisa Médica em Neurocirurgia. Ele destaca a
singularidade desse órgão, que
controla todo o organismo e é responsável por todas as funções vitais, incluindo a respiração e a função cardíaca.
"O cérebro ocupa o primeiro lugar entre os outros órgãos em termos de coisas inexploradas, então os neurocirurgiões têm muito trabalho a fazer", enfatiza o especialista.
Quais as patologias que os neurocirurgiões encontram com mais frequência?
Devido à natureza específica do centro dirigido por Usachev, metade dos pacientes sofre de oncologia do sistema nervoso central:
tumores primários, secundários e metastáticos. Entre
outras doenças comuns, o acadêmico lista:
As patologias vasculares do cérebro e da medula espinhal.
Doenças que requerem neurocirurgia funcional:
doença de Parkinson, várias formas de tremores e outros distúrbios do sistema nervoso.
Patologias que incluem anormalidades do desenvolvimento da região maxilofacial, do ventrículo cerebral, diversas anormalidades do desenvolvimento da medula espinhal e outras.
Além disso, a aterosclerose é "
um dos principais inimigos da humanidade depois do câncer", observa o médico, acrescentando que ela
é responsável por uma parcela significativa das cirurgias.
"Ela afeta todos os vasos sanguíneos: isso inclui as artérias carótidas, as artérias do coração, as extremidades inferiores e a aorta. Está entre os três maiores inimigos da humanidade", observou.
A aterosclerose das artérias carótidas e vertebrais é um grupo de doenças que frequentemente levam ao desenvolvimento de várias formas de acidentes cerebrais isquêmicos.
Nos últimos anos, o número de pacientes que
necessitam de tratamento aumentou significativamente, diz Usachev sobre seu trabalho no centro médico. Isso se deve principalmente à maior disponibilidade e qualidade dos
diagnósticos de doenças do sistema nervoso central, explicou.
"Antes, as
pessoas ficavam doentes e morriam, às vezes por razões que não eram totalmente claras. Agora, que os diagnósticos estão sendo ativamente estabelecidos em todo o país, doenças que antes eram consideradas raras
estão surgindo e agora são conhecidas por serem bem comuns", argumenta o neurocirurgião.
É possível detectar e prevenir doenças vasculares?
"As artérias carótidas são o espelho dos vasos sanguíneos de todo o corpo", enfatizou o neurocirurgião.
Continuando com o tema da aterosclerose, o médico ressalta que, entre os meios disponíveis para detectar patologias em estágio inicial, está o exame de ultrassom dos vasos do pescoço, e recomendou a realização de um check-up anual a partir dos 40 anos.
O
problema das alterações nas principais artérias não é tão simples; o risco de sua ocorrência
nem sempre pode ser completamente descartado, afirmou.
"Não é um problema unipolar. Genética, condições de vida, maus hábitos e condições alimentares desempenham um papel importante aqui", ressaltou Usachiov.
No entanto, um estilo de
vida saudável, sem peculiaridades alimentares, mas também sem comer demais, ajudará a reduzir os riscos. "Tudo
deve ser feito com moderação", acrescentou o especialista.
Segundo Usachiov, os principais fatores no desenvolvimento da aterosclerose são
distúrbios do sistema de coagulação sanguínea e dos níveis de colesterol. Por isso, a partir de certa idade, é necessário monitorar esses índices.
Existem medicamentos para mantê-los em níveis normais, indica o acadêmico.
Um tumor cerebral tem cura?
A terapia de tumores malignos está em
constante evolução. Não há dúvidas de que essa doença é passível de tratamento, cuja
eficácia está na complexidade das medidas adotadas, ressaltou o neurocirurgião.
"Envolve tratamento cirúrgico e
verificação histológica do tumor em nível molecular. Opções de tratamento adicionais são então determinadas:
radioterapia e quimioterapia", explicou.
Na medicina de pesquisa, a busca pelo tratamento ideal se concentra na genética molecular — moléculas de DNA e RNA sintetizadas de tal forma que
fornecem medicamentos às células tumorais,
as eliminando seletivamente, observou Usachiov.
"É claro que esse problema [de tumores cerebrais] existe, mas muitos pacientes podem ser ajudados", resumiu o especialista.
É impossível entender completamente como o cérebro funciona, mas a pesquisa está avançando no sentido de identificar o que pode e o que
não pode ser eliminado, como
limpar o cérebro "das coisas extras que aparecem de repente nele": vasos sanguíneos, tumores, lesões fúngicas ou parasitas, exemplificou.
"Nosso objetivo é maximizar a preservação da função cerebral e, ao mesmo tempo, eliminar a doença da forma mais radical possível", concluiu Usaciov.
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