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Mídia: oposição na Noruega quer retomar investimentos em defesa ante aumento de gastos na Europa

© Sputnik / Aleksandr VilfEdifício Grand Hotel em Oslo, Noruega
Edifício Grand Hotel em Oslo, Noruega - Sputnik Brasil, 1920, 30.03.2025
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Os principais partidos de oposição na Noruega estão pressionando para que o maior fundo soberano do mundo abandone a proibição de investir em empresas de defesa, o que pode vir a reformular a política de investimentos e influenciar outros investidores globais.
A Noruega deve abandonar a proibição que impede seu fundo soberano de investir em empresas de defesa como a Boeing, Airbus, Lockheed Martin e Honeywell, segundo os principais partidos da oposição.
Desde o início dos anos 2000, o fundo de petróleo de US$ 1,8 trilhão (cerca de R$ 10,3 trilhões) foi impedido de manter participações na maioria das empresas de defesa devido a regras éticas impostas pelo parlamento, que proíbem investimentos em grupos que fabricam componentes para armas nucleares ou de fragmentação.
Segundo o Financial Times (FT), antes das eleições parlamentares, os partidos Conservador e Progressista de centro-direita expressaram desejo de reverter esse princípio, citando a atual situação de segurança e a dependência da Noruega do "guarda-chuva" nuclear da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) liderado pelos EUA. Erna Solberg, ex-primeira-ministra e líder dos conservadores, criticou as regras como "irônicas".

"Hoje, temos restrições quanto ao fundo do petróleo não poder investir na indústria de defesa. Vamos retirá-las. É completamente louco", disse ela.

Membro da OTAN, a Noruega depende da segurança dos EUA e compra equipamentos — como os caças F-35 — das mesmas empresas nas quais não pode investir, o que, para os integrantes da oposição, é uma hipocrisia.
Soldados e funcionários do Serviço Nacional de Parques descarregam equipamentos e suprimentos de um helicóptero CH-47 Chinook do Exército dos EUA na geleira Kahiltna em 27 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2025
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A posição dos partidos surge em um momento em que os investidores globais estão reavaliando sua relutância em adquirir títulos de empresas de defesa e os países europeus aumentam os gastos militares depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou retirar suas garantias de segurança.
As ações do fundo petrolífero norueguês, que detém uma média de 1,5% de todas as ações globais listadas e 2,5% das da Europa, são significativas e podem influenciar outros investidores.
Há uma crescente pressão sobre o governo da Noruega e seu novo ministro das finanças, Jens Stoltenberg, ex-chefe da OTAN, para mudar essa política. Ida Wolden Bache, governadora do Banco Central da Noruega, que abriga o fundo petrolífero, afirmou que o país deve estar aberto à possibilidade de mudanças no que é considerado eticamente aceitável.
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