Brasil sobe 5 posições no ranking global de desenvolvimento humano, aponta relatório da ONU
07:02 06.05.2025 (atualizado: 07:04 06.05.2025)
© AP Photo / Silvia Izquierdo
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De acordo com relatório da ONU, o Brasil melhorou nos indicadores de renda e saúde, tirando o país da 89ª posição para a 84ª no raking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Nesta terça-feira (6), conforme divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil avançou cinco posições no ranking global de IDH. Com base nos dados de 2023, o país passou da 89ª para a 84ª colocação entre 193 nações avaliadas, um progresso que reflete a melhora em alguns dos principais indicadores que compõem o índice.
De acordo com o relatório, o avanço do Brasil no ranking se deve principalmente ao aumento da renda nacional bruta per capita e à recuperação dos indicadores de saúde. A expectativa de vida, que havia sido impactada negativamente pela pandemia de COVID-19, voltou a crescer, contribuindo significativamente para a melhora do índice geral.
O IDH é um indicador criado pela ONU que avalia o progresso dos países a partir de três dimensões fundamentais: expectativa de vida, acesso à educação e renda per capita. Em 2023, o Brasil alcançou a pontuação de 0,786 em uma escala que vai de 0 a 1, sendo que valores entre 0,700 e 0,799 são considerados de desenvolvimento humano "alto". Quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano de um país.
Mas, apesar do progresso, a área da educação continua sendo um ponto de estagnação. O tempo médio de estudo da população brasileira ainda está abaixo da média dos países com IDH alto, o que limita o avanço do país no ranking global. Esse fator ajuda a explicar por que o Brasil ainda não figura entre as nações mais bem colocadas do mundo.
Em relação ao cenário global, o Brasil superou a média mundial de IDH, que é de 0,739. No entanto, ainda está distante dos países com IDH muito alto, como Suíça, Noruega e Irlanda, que lideram o ranking. Isso mostra que, embora o país tenha avançado, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar os níveis de desenvolvimento das nações mais desenvolvidas.
Na comparação com os países da América Latina e Caribe, o Brasil ocupa uma posição intermediária, ficando atrás de Chile (0,855), Argentina (0,849) e Uruguai (0,809), mas à frente de Paraguai (0,728), Bolívia (0,693) e Venezuela (0,691). O relatório também chama atenção para as desigualdades internas no Brasil, destacando que o IDH municipal varia bastante entre as regiões, revelando disparidades significativas no acesso à saúde, educação e renda dentro do próprio território nacional.
