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'Trump reconhece tacitamente a vantagem estratégica da Rússia', diz analista
'Trump reconhece tacitamente a vantagem estratégica da Rússia', diz analista
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O presidente dos EUA, Donald Trump, "reconhece tacitamente a vantagem estratégica da Rússia" como parte de seu papel nas negociações para chegar a um acordo de... 21.05.2025, Sputnik Brasil
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"[Trump] assume que, mais cedo ou mais tarde, Moscou imporá uma vitória militar irreversível. Portanto, ele evita aplicar sanções, como a Europa faz, ou aumentar a ajuda à Ucrânia [mantém apenas o que foi aprovado pelo governo anterior]. Seu único aviso velado é para se retirar da mediação se 'linhas vermelhas' não especificadas forem cruzadas", comenta Espinoza.De olho nas eleições de meio de mandatoNesse sentido, o analista ressalta que o presidente americano busca se apresentar ao mundo como um mediador global antes das eleições de meio de mandato que serão realizadas nos Estados Unidos em 2026.A recente conversa telefônica de Trump com seu homônimo russo, Vladimir Putin, ressaltou que Washington não prioriza mais o leste europeu, mais notadamente a Ucrânia.Nesse sentido, o especialista ressalta que a opção mais viável para Trump seria, entre outras coisas, marginalizar os setores belicistas europeus e reconhecer a soberania russa em regiões como a Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie."Isso implicaria a suspensão de toda a ajuda a Kiev, incluindo a retirada de pessoal técnico e militar dos EUA. No entanto, para executar esse plano, ele teria que confrontar os falcões neoconservadores no Congresso e em seu próprio governo, que estão mais alinhados com a Europa do que com sua própria posição", afirma.'Trump é um empresário'Mario Antonio Padilla Torres, secretário acadêmico do Centro de Pesquisa em Política Internacional (CIPI), avaliou que o telefonema entre os dois líderes foi de respeito mútuo."Não podemos esquecer que Trump é um empresário e vê tudo como uma forma de lucro. Desta vez, acredito que seja: manter boas relações com Moscou devido ao seu status na Europa, seu alcance, seu poder militar e seus laços estreitos com a China, além da potencial distribuição de terras raras [na Ucrânia]", explicou o analista.Padilla Torres também destacou a importância desses ganhos ao apontar o limitado espaço de manobra do presidente dos EUA, devido aos problemas internos do país, bem como ao atrito contínuo com a União Europeia."Se a posição de Trump continuar nesse caminho, espero que ambos os países possam ter um comércio mutuamente benéfico", acrescentou o analista.
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'Trump reconhece tacitamente a vantagem estratégica da Rússia', diz analista
O presidente dos EUA, Donald Trump, "reconhece tacitamente a vantagem estratégica da Rússia" como parte de seu papel nas negociações para chegar a um acordo de paz para o conflito ucraniano, disse o especialista em geopolítica venezuelano Oswaldo Espinoza à Sputnik.
"[Trump] assume que, mais cedo ou mais tarde, Moscou imporá uma vitória militar irreversível. Portanto, ele evita aplicar sanções, como a Europa faz, ou aumentar a ajuda à Ucrânia [mantém apenas o que foi aprovado pelo governo anterior]. Seu único aviso velado é para se retirar da mediação se 'linhas vermelhas' não especificadas forem cruzadas", comenta Espinoza.
De olho nas eleições de meio de mandato
Nesse sentido, o analista ressalta que o presidente americano busca se apresentar ao mundo como um mediador global antes das eleições de meio de mandato que serão realizadas nos Estados Unidos em 2026.
"O presidente dos EUA pretende somar um cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão, assim como o do Iêmen; um acordo com o Irã para evitar uma escalada no Oriente Médio e, claro, uma cessação das hostilidades na Ucrânia", ressalta o analista.
A recente
conversa telefônica de Trump com seu homônimo russo,
Vladimir Putin, ressaltou que Washington não prioriza mais o leste europeu, mais notadamente a Ucrânia.
Nesse sentido, o especialista ressalta que a opção mais viável para Trump seria, entre outras coisas,
marginalizar os setores belicistas europeus e reconhecer a soberania russa em regiões como a Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie.
"Isso implicaria a suspensão de toda a ajuda a Kiev, incluindo a retirada de pessoal técnico e militar dos EUA. No entanto, para executar esse plano, ele teria que confrontar os falcões neoconservadores no Congresso e em seu próprio governo, que estão mais alinhados com a Europa do que com sua própria posição", afirma.
Mario Antonio Padilla Torres, secretário acadêmico do Centro de Pesquisa em Política Internacional (CIPI), avaliou que o telefonema entre os dois líderes foi de respeito mútuo.
"Não podemos esquecer que Trump é um empresário e vê tudo como uma forma de lucro. Desta vez, acredito que seja:
manter boas relações com Moscou devido ao seu status na Europa, seu alcance, seu poder militar e seus laços estreitos com a China, além da potencial distribuição de terras raras [na Ucrânia]", explicou o analista.
Padilla Torres também destacou a importância desses ganhos ao apontar o limitado espaço de manobra do presidente dos EUA, devido aos problemas internos do país, bem como ao atrito contínuo com a União Europeia.
"Se a posição de Trump continuar nesse caminho, espero que ambos os países possam ter um comércio mutuamente benéfico", acrescentou o analista.
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