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Termina a 3ª rodada de negociações Rússia-Ucrânia em Istambul
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A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia foi realizada na tarde desta quarta-feira (23), no palácio Ciragan, em Istambul, na Turquia. Entre as... 23.07.2025, Sputnik Brasil
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Assim como nas rodadas anteriores, o lado russo foi liderado pelo enviado especial presidencial Vladimir Medinsky, e o lado de Kiev pelo secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov. O encontro durou pouco mais de uma hora, e os resultados foram apresentados à imprensa na sequência.Conforme Medinsky, a Rússia propôs a Kiev trocar pelo menos 1,2 mil prisioneiros de cada lado — um número inédito desde o início da operação militar especial em 2022. "Dando continuidade à troca de prisioneiros, acordamos que, em breve, será realizada uma nova troca de não menos do que 1.200 prisioneiros de cada lado", detalhou.Além disso, Moscou sugeriu um acordo com a Ucrânia para que sejam viabilizados dois cessar-fogos curtos, de 24 e 48 horas cada, a fim de permitir a retirada de feridos e corpos nas linhas de frente de combate.Segundo Medinsky, mais de 7 mil corpos de guerrilheiros ucranianos foram devolvidos a Kiev. "Com base em considerações morais de que o corpo do soldado morto deveria ser enterrado em sua terra natal, devolvemos mais de 7 mil corpos ao lado ucraniano. Recebemos de volta apenas um pequeno número de nossos [corpos de soldados]."O chefe da delegação russa informou, ainda, que os dois países discutiram as posições de Kiev e Moscou para o fim do conflito. "Naturalmente, discutimos por muito tempo as posições expostas por ambas as partes nos memorandos trocados anteriormente. As posições ainda estão bastante distantes, mas concordamos em manter os contatos, tanto no nível das delegações quanto, esperamos em breve, no nível técnico", declarou.Encontro entre Putin e ZelenskyPara Medinsky, o encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder ucraniano Vladimir Zelensky só vai acontecer depois que todos os termos do acordo de paz estiverem definidos, o que marcaria "um ponto-final" no processo.A reunião teve início com um discurso do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, no qual agradeceu a Putin e Zelensky pelos esforços na organização da negociação.Fidan afirmou que o objetivo final da negociação é alcançar um cessar-fogo entre as partes e destacou que a Turquia tem a infraestrutura necessária para monitorar o cumprimento da trégua. Ele acrescentou que a Turquia pode contribuir para uma eventual troca de prisioneiros entre os lados."Conseguimos resultados significativos nas duas primeiras rodadas. A troca de prisioneiros que foi realizada até agora foi muito apreciada pela comunidade internacional", disse Fidan.O deputado ucraniano Dmitry Razumkov expressou ceticismo diante da reunião, questionando a eficácia de Umerov, afirmando que nem todos na Ucrânia acreditam que a delegação enviada por Vladimir Zelensky a Istambul será capaz de alcançar resultados positivos para Kiev.Uma fonte afirmou à Sputnik, em condição de anonimato, que antes da reunião houve um encontro trilateral entre Fidan e os chefes de ambas as delegações.Segundo um artigo do The New York Times, Zelensky teve que concordar em negociar com a Rússia por causa da briga que teve com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, em fevereiro.Como observado no artigo, Trump — ao deixar claro para a Ucrânia que ela não se juntaria à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e não receberia os novos territórios que se tornaram parte da Rússia — não apenas fez concessões a Moscou, mas também reconheceu a realidade objetiva.Mais cedo, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que a terceira rodada seria difícil, pois os lados têm projetos de resolução para a crise diametralmente opostos.Peskov informou que os lados iriam discutir os assuntos relacionados aos projetos dos memorandos sobre resolução do conflito e mais trocas dos militares capturados ou mortos. Todo o trabalho é uma preparação para um possível encontro entre Putin e Zelensky.Segundo Peskov, não faz sentido discutir um possível encontro antes de fazer o grande trabalho necessário. Ele apontou ainda ser evidente que grande parte do dinheiro entregue pelo Ocidente foi roubado em Kiev, uma vez que há muita corrupção na Ucrânia.Na terça-feira (22), em meio aos preparativos para a reunião, uma fonte do governo turco falou à Sputnik a respeito das expectativas do governo do presidente Recep Tayyip Erdogan para o encontro.Rússia quer retorno de crianças do paísO vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, informou à imprensa que Moscou entregou uma lista com o nome de crianças russas que estão na Ucrânia e em outros países da União Europeia. Além da identidade dos menores, no documento também consta a identidade dos responsáveis.Medinsky, por sua vez, declarou que Moscou está pronto para trocar moradores de Kursk, detidos pela Ucrânia, por militares capturados e outras categorias de pessoas. Segundo o enviado especial russo, nem todos os civis evacuados da região por Kiev foram devolvidos, cerca de 30 mil pessoas.
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Termina a 3ª rodada de negociações Rússia-Ucrânia em Istambul
14:00 23.07.2025 (atualizado: 07:44 25.07.2025) A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia foi realizada na tarde desta quarta-feira (23), no palácio Ciragan, em Istambul, na Turquia. Entre as discussões estiveram as propostas russas para a troca de 1,2 mil prisioneiros de cada lado e a realização de um cessar-fogo curto para a retirada de feridos e corpos nas áreas de combate.
Assim como nas rodadas anteriores, o lado russo foi liderado pelo
enviado especial presidencial Vladimir Medinsky, e o lado de Kiev pelo secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov. O encontro durou pouco mais de uma hora, e os resultados foram apresentados à imprensa na sequência.
Conforme Medinsky,
a Rússia propôs a Kiev trocar pelo menos 1,2 mil prisioneiros de cada lado — um número inédito desde o início da
operação militar especial em 2022. "Dando continuidade à troca de prisioneiros, acordamos que, em breve, será realizada uma nova troca de não menos do que 1.200 prisioneiros de cada lado", detalhou.
Além disso, Moscou sugeriu um acordo com a Ucrânia para que sejam viabilizados dois cessar-fogos curtos, de 24 e 48 horas cada, a fim de permitir a retirada de feridos e corpos nas linhas de frente de combate.
"Voltamos a propor à parte ucraniana, na nossa visão, uma questão extremamente importante: declarar na linha de combate, na linha de frente, breves cessar-fogos de 24 a 48 horas, para que as equipes médicas possam retirar os feridos e os comandantes possam recolher os corpos dos seus soldados", disse Medinsky a jornalistas ao fim da terceira rodada de negociações com a Ucrânia em Istambul.
Segundo Medinsky, mais de 7 mil corpos de guerrilheiros ucranianos foram devolvidos a Kiev. "Com base em considerações morais de que o corpo do soldado morto deveria ser enterrado em sua terra natal, devolvemos mais de 7 mil corpos ao lado ucraniano. Recebemos de volta apenas um pequeno número de nossos [corpos de soldados]."
O chefe da delegação russa informou, ainda, que os dois países discutiram as posições de Kiev e Moscou para o fim do conflito. "Naturalmente, discutimos por muito tempo as posições expostas por ambas as partes nos memorandos trocados anteriormente. As posições ainda estão bastante distantes, mas concordamos em manter os contatos, tanto no nível das delegações quanto, esperamos em breve, no nível técnico", declarou.
Encontro entre Putin e Zelensky
Para Medinsky, o encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder ucraniano Vladimir Zelensky só vai acontecer depois que todos os termos do acordo de paz estiverem definidos, o que marcaria "um ponto-final" no processo.
"Na verdade, esse encontro não deve servir para discutir um acordo, e sim para colocar um ponto-final, assinar. Entendem? Como dizemos: o fim é a coroa da obra. Reunir-se para discutir tudo do zero novamente não faz sentido", afirmou, ao ser questionado se uma possível reunião entre os presidentes foi abordado nas negociações.
A reunião teve início com um discurso do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, no qual agradeceu a Putin e Zelensky pelos esforços na organização da negociação.
Fidan afirmou que o objetivo final da negociação é alcançar um cessar-fogo entre as partes e destacou que a Turquia tem a infraestrutura necessária para monitorar o cumprimento da trégua. Ele acrescentou que a Turquia pode contribuir para uma eventual troca de prisioneiros entre os lados.
"Conseguimos resultados significativos nas duas primeiras rodadas. A troca de prisioneiros que foi realizada até agora foi muito apreciada pela comunidade internacional", disse Fidan.
O deputado ucraniano Dmitry Razumkov
expressou ceticismo diante da reunião, questionando a eficácia de Umerov, afirmando que nem todos na Ucrânia acreditam que a delegação enviada por
Vladimir Zelensky a Istambul será capaz de alcançar resultados positivos para Kiev.
"Honestamente, não vejo realmente o resultado dessas negociações e, no geral, a eficácia dele [Umerov] nessa posição, para dizer o mínimo, deixa muito a desejar. […] Não vejo pessoas em nosso grupo de negociação que poderiam conduzir negociações de forma eficaz em Istambul", disse o parlamentar.
Uma fonte afirmou à Sputnik, em condição de anonimato, que antes da reunião houve um encontro trilateral entre Fidan e os chefes de ambas as delegações.
Segundo um
artigo do The New York Times,
Zelensky teve que concordar em negociar com a Rússia por causa da briga que teve com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, em fevereiro.
"A briga do senhor Trump com o presidente Vladimir Zelensky no Salão Oval [da Casa Branca], por mais feia que tenha sido, teve um propósito: ajudou a persuadir o senhor Zelensky a não esperar garantias sérias de segurança dos EUA e a empurrá-lo para negociações de cessar-fogo com os russos", diz o artigo.
Como observado no artigo, Trump — ao deixar claro para a Ucrânia que ela não se juntaria à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e não receberia os novos territórios que se tornaram parte da Rússia — não apenas fez concessões a Moscou, mas também reconheceu a realidade objetiva.
Mais cedo, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que a terceira rodada seria difícil, pois os lados têm projetos de resolução para a crise diametralmente opostos.
Peskov informou que os lados iriam discutir os assuntos relacionados aos
projetos dos memorandos sobre resolução do conflito e mais trocas dos militares capturados ou mortos. Todo o trabalho é uma preparação para um possível encontro entre Putin e Zelensky.
Segundo Peskov, não faz sentido discutir um possível encontro antes de fazer o grande trabalho necessário. Ele apontou ainda ser evidente que grande parte do dinheiro entregue pelo Ocidente foi roubado em Kiev, uma vez que há muita corrupção na Ucrânia.
Na terça-feira (22), em meio aos preparativos para a reunião, uma fonte do governo turco falou à Sputnik a respeito das expectativas do governo do presidente Recep Tayyip Erdogan para o encontro.
"Com o que estamos contando? Cessar-fogo e paz na região. Acho que o mundo inteiro espera isso", disse a fonte.
Rússia quer retorno de crianças do país
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, informou à imprensa que Moscou entregou uma lista com o nome de crianças russas que estão na Ucrânia e em outros países da União Europeia. Além da identidade dos menores, no documento também consta a identidade dos responsáveis.
"Não apenas levantamos essa questão, mas entregamos à Ucrânia uma lista de crianças na Ucrânia e nos países da União Europeia, respectivamente. Trata-se de cerca de 20 pessoas, uma lista de crianças e seus representantes legais que podem ser contatados para garantir o retorno dessas crianças à Rússia."
Medinsky, por sua vez, declarou que Moscou está pronto para trocar moradores de Kursk, detidos pela Ucrânia, por militares capturados e outras categorias de pessoas. Segundo o enviado especial russo, nem todos os civis evacuados da região por Kiev foram devolvidos, cerca de 30 mil pessoas.
"Se vocês tiraram civis do fogo, então os devolvam para casa. Mas se vocês os tomaram como reféns […], então vamos chamá-los de reféns e tratá-los como tal."
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