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Ausência dos EUA em conferência da ONU sobre Palestina não afetará acordo, diz Fatah à Sputnik

© AP Photo / Jehad AlshrafiPalestinos caminham por acampamento improvisado no porto da Cidade de Gaza, em 22 de maio de 2025
Palestinos caminham por acampamento improvisado no porto da Cidade de Gaza, em 22 de maio de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2025
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A decisão dos Estados Unidos de não participar da conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a resolução do conflito no Oriente Médio e as perspectivas de reconhecimento do Estado da Palestina não afetará o processo de paz, declarou à Sputnik o representante do movimento Fatah Jamal Nazzal.
Para Nazzal, Washington nunca foi um mediador imparcial no conflito palestino-israelense, enquanto a porta-voz oficial do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, afirmou que a conferência é "inoportuna e improdutiva". Segundo ela, o evento pode prolongar a guerra e atrapalhar os esforços pela paz.

"A recusa dos EUA em participar da conferência da ONU sobre a resolução no Oriente Médio não terá impacto no processo de paz, pois Washington nunca foi um mediador imparcial nessa questão. Agora estamos retornando às resoluções e ao envolvimento pleno da comunidade internacional na solução do problema palestino. Essa base esteve ausente durante o chamado processo de paz liderado pelos norte-americanos", afirmou Nazzal.

Segundo o representante do Fatah, os EUA não deveriam boicotar totalmente a conferência nem se recusar a colaborar com seus observadores, como faz Israel. "Pelo contrário, gostaríamos que os Estados Unidos fossem os primeiros a reconhecer o Estado da Palestina, desempenhando um papel na sua criação e no seu pleno ingresso na ONU", acrescentou.
Nazzal também afirmou que Israel tenta marginalizar a questão palestina. No entanto, a conferência da ONU, em sua visão, ajudou a impedir essas tentativas.
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"O número de países que reconhecem a Palestina continuará a crescer, mas esse não é o único critério relevante para o sucesso da conferência. A principal importância política do evento está na reinserção da questão palestina na agenda internacional por meio de uma solução política. Israel sempre buscou eliminar o problema palestino, e a conferência representou um contraponto a esses esforços", enfatizou o porta-voz à Sputnik.

A conferência sobre a resolução do conflito no Oriente Médio e as perspectivas de reconhecimento do Estado palestino teve início na última segunda-feira (28), na sede da ONU em Nova York, com França e Arábia Saudita na presidência do encontro. A conferência tornou-se a maior iniciativa internacional recente voltada para o tema.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da França, ao final da reunião, chanceleres de 15 países ocidentais pediram o reconhecimento do Estado da Palestina como parte da resolução do conflito na região.
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Atualmente, 147 países reconhecem o Estado da Palestina — os Estados Unidos não estão entre eles. Em 2024, os EUA vetaram o pedido de adesão plena da Palestina à ONU. No mesmo ano, dez países fizeram o reconhecimento oficial, incluindo Irlanda, Noruega, Espanha e Armênia.
De acordo com a posição oficial da Rússia, a solução do conflito só é possível com base na fórmula aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU: a criação de um Estado palestino com as fronteiras de 1967 e a capital em Jerusalém Oriental.
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