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Ex-ministro da Defesa diz que Brasil deve transformar potencial em terras raras em ativo geopolítico
Ex-ministro da Defesa diz que Brasil deve transformar potencial em terras raras em ativo geopolítico
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O ex-ministro da Defesa e atual vice-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta terça-feira (30), em São... 30.07.2025, Sputnik Brasil
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A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na Casa Lide, em meio a tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos por conta das tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros impostas a partir de sexta-feira (1º).Segundo Azevedo, o Brasil é detentor da segunda maior jazida de terras raras do mundo, mas ainda não domina o beneficiamento desse tipo de minério, essencial para a fabricação de baterias, turbinas e equipamentos militares. "Temos matéria bruta das terras raras, mas todo mundo sabe que nós temos a segunda reserva de terras raras do mundo. Isso aí é uma importância geopolítica", afirmou o ex-ministro.Questionado sobre se esse recurso poderia ser usado como moeda de troca em negociações internacionais, respondeu que "o termo moeda de troca é forte", mas que "é uma verdade" a alta presença de tais minérios em território brasileiro.Apesar da relevância das reservas nacionais, Azevedo reconheceu que o Brasil ainda está atrasado na cadeia produtiva de alto valor agregado. "Nós não fazemos o tratamento dela [matéria-prima bruta], temos que chegar a isso."O ex-ministro destacou ainda que o subsolo brasileiro é "uma verdadeira tabela periódica", com grande diversidade de minerais estratégicos, e defendeu maior protagonismo do país nas discussões internacionais sobre o tema.Sobre o impacto do possível "tarifaço" estadunidense, Azevedo disse que o setor de mineração é mais sensível às importações do que às exportações. Segundo ele, as exportações representam cerca de 3% da atividade mineral, enquanto as importações — principalmente de equipamentos e fertilizantes — chegam a 20%.Azevedo afirmou que o governo federal tem dado sinais de atenção ao tema. "O governo está empenhado, o vice-presidente [Geraldo] Alckmin está empenhado, o ministro [de Minas e Energia] Alexandre Silveira está empenhado."Segundo ele, o Ibram, que reúne 301 associados, já realizou reuniões com o vice-presidente para tratar do tema, e o Ministério de Minas e Energia acompanha as ações da entidade.O Brasil pode recorrer à Lei da Reciprocidade Econômica para reagir a medidas unilaterais, como o conjunto de tarifas anunciado por Trump. A legislação prevê contramedidas, como restrições à importação e à concessão de benefícios comerciais.O decreto que regulamenta a norma criou o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas, coordenado por Alckmin e responsável por definir eventuais sanções.Questionado sobre se o Brasil poderia importar de outros países, Azevedo respondeu: "Pode, sim, mas já existe uma cadeia em relação a isso, mas isso aí compete às negociações econômicas".Disputa entre Brasil e EUAEm 9 de julho de 2025, Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, válidas a partir de 1º de agosto, como retaliação ao processo judicial conduzido no Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. Em resposta, o Brasil tem sancionada a Lei da Reciprocidade Econômica, que ainda pode ser ativada de fato.Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi oficialmente sancionado pelos EUA, com base na Lei Global Magnitsky, que prevê a aplicação de penalidades por violação de direitos humanos ou corrupção.O Departamento do Tesouro americano acusou Moraes de autorizar detenções arbitrárias, promover censura e conduzir processos politizados contra cidadãos e empresas dos EUA e do Brasil, incluindo figuras ligadas a Bolsonaro. A sanção inclui congelamento de ativos nos EUA, proibição de transações com empresas americanas e restrição de vistos.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou as medidas, tratando-as como interferência estrangeira, e disse que o Brasil não tolera violações à sua soberania.
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donald trump, geraldo alckmin, estados unidos, brasil, eua, tarifas, guerra tarifária, tarifaço, ministério da defesa, metais de terras raras, geopolítica, reservas, reserva mineral, reciprocidade, economia, ibram
Ex-ministro da Defesa diz que Brasil deve transformar potencial em terras raras em ativo geopolítico
15:43 30.07.2025 (atualizado: 17:07 30.07.2025) O ex-ministro da Defesa e atual vice-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta terça-feira (30), em São Paulo (SP), que o Brasil precisa tratar suas reservas de terras raras como um fator estratégico nas disputas geopolíticas globais.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na Casa Lide, em meio a tensões comerciais entre
Brasil e Estados Unidos por conta das
tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros impostas a partir de sexta-feira (1º).
Segundo Azevedo, o Brasil é detentor da
segunda maior jazida de terras raras do mundo, mas ainda não domina o beneficiamento desse tipo de minério, essencial para a fabricação de
baterias, turbinas e equipamentos militares. "Temos matéria bruta das terras raras, mas todo mundo sabe que nós temos a segunda reserva de terras raras do mundo. Isso aí é uma importância geopolítica", afirmou o ex-ministro.
Questionado sobre se esse recurso poderia ser usado como moeda de troca em negociações internacionais, respondeu que "o termo moeda de troca é forte", mas que "é uma verdade" a alta presença de tais minérios em território brasileiro.
Apesar da relevância das reservas nacionais, Azevedo reconheceu que o Brasil ainda está atrasado na cadeia produtiva de alto valor agregado. "Nós não fazemos o tratamento dela [matéria-prima bruta], temos que chegar a isso."
O ex-ministro destacou ainda que o subsolo brasileiro é "uma verdadeira tabela periódica", com grande diversidade de minerais estratégicos, e defendeu
maior protagonismo do país nas discussões internacionais sobre o tema.
Sobre o impacto do possível "tarifaço" estadunidense, Azevedo disse que o setor de mineração é mais sensível às importações do que às exportações. Segundo ele, as exportações representam cerca de 3% da atividade mineral, enquanto as importações — principalmente de equipamentos e fertilizantes — chegam a 20%.
"Se tiver a questão da reciprocidade, vai importar também a mesma coisa em relação à importação, que é maior que a exportação", alertou.
Azevedo afirmou que o governo federal tem dado sinais de atenção ao tema. "O governo está empenhado, o vice-presidente [Geraldo] Alckmin está empenhado, o ministro [de Minas e Energia] Alexandre Silveira está empenhado."
Segundo ele, o Ibram, que reúne 301 associados, já realizou reuniões com o vice-presidente para tratar do tema, e o Ministério de Minas e Energia acompanha as ações da entidade.
O Brasil pode recorrer à
Lei da Reciprocidade Econômica para reagir a medidas unilaterais, como o conjunto de tarifas anunciado por Trump. A legislação prevê contramedidas, como
restrições à importação e à concessão de benefícios comerciais.
O decreto que regulamenta a norma criou o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas, coordenado por Alckmin e responsável por definir eventuais sanções.
Questionado sobre se o Brasil poderia importar de outros países, Azevedo respondeu: "Pode, sim, mas já existe uma cadeia em relação a isso, mas isso aí compete às negociações econômicas".
Disputa entre Brasil e EUA
Em 9 de julho de 2025, Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, válidas a partir de 1º de agosto, como retaliação ao processo judicial conduzido no Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. Em resposta, o Brasil tem sancionada a Lei da Reciprocidade Econômica, que ainda pode ser ativada de fato.
Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi oficialmente sancionado pelos EUA, com base na Lei Global Magnitsky, que prevê a aplicação de penalidades por
violação de direitos humanos ou corrupção.
O Departamento do Tesouro americano acusou Moraes de autorizar detenções arbitrárias, promover censura e conduzir processos politizados contra cidadãos e empresas dos EUA e do Brasil, incluindo figuras ligadas a Bolsonaro. A sanção inclui congelamento de ativos nos EUA, proibição de transações com empresas americanas e restrição de vistos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou as medidas, tratando-as como interferência estrangeira, e disse que o Brasil não tolera violações à sua soberania.
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