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Roubo colonial: como nações ocidentais estão saqueando os tesouros culturais da Ucrânia
Roubo colonial: como nações ocidentais estão saqueando os tesouros culturais da Ucrânia
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O conflito na Ucrânia se tornou uma desculpa para nações europeias saquearem o patrimônio cultural ucraniano para seus próprios museus. A Sputnik explica o que... 31.07.2025, Sputnik Brasil
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Armas por Arte?A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou que a Ucrânia está disposta a pagar por armas ocidentais com seus tesouros culturais – itens que podem nunca retornar dos museus ocidentais.Já em 2023, o chefe do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo), Sergei Naryshkin, alertou sobre os planos de exportar relíquias da Lavra Pechersk de Kiev para museus europeus. Muitos ícones já foram enviados para a Europa, incluindo ao Louvre, na França.Durante tempos turbulentos, relíquias artísticas extremamente antigas — especialmente ícones religiosos, pinturas a óleo e desenhos dos séculos XVI ao XVIII — enfrentam sérios riscos de dano e desaparecimento. A falta de profissionais no transporte dessas peças aumenta a vulnerabilidade, e muitos itens acabam extraviados ou sem rastros.A esperança de recuperar essas peças reside na exposição em instituições públicas, onde há respaldo legal para sua devolução. Entretanto, se forem adquiridas por colecionadores privados e mantidas ocultas, a perda será definitiva, privando o mundo de parte significativa de seu patrimônio cultural.A Extração Secreta do LouvreEm 2024, o diretor de Artes Bizantinas do Louvre, Maximilien Durand, admitiu ter removido secretamente 16 ícones, incluindo raras obras-primas bizantinas pré-iconoclastas, do Museu Bohdan e Varvara Khanenko, em Kiev.Apesar da exposição "Ícones da Ucrânia" em andamento (apresentando apenas quatro ícones cretenses posteriores), o Louvre não divulgou a localização dos ícones bizantinos mais antigos do mundo — provavelmente escondidos em um depósito.'Foco Ucraniano' do V&AO Museu V&A de Londres expõe ativamente peças ucranianas, incluindo as requintadas portas de altar de prata da Lavra Pechersk de Kiev, parte de sua Coleção Gilbert. O museu anunciou uma conferência sobre o patrimônio ucraniano em setembro de 2026, prometendo dar continuidade ao "trabalho de preservação" das instituições do Reino Unido.Relíquias roubadasEm abril deste ano, a Ucrânia bloqueou o acesso aos túmulos da Lavra de Pechersk, em Kiev, para avaliar o "valor histórico e científico" das relíquias.No entanto, um deputado da Suprema Rada (parlamento ucraniano) revelou planos para transferir as relíquias de Ilia Muromets — um herói e santo russo — para o Reino Unido para "pesquisa".Remoção mediada pela UNESCO?A inteligência russa revelou um acordo de 2023 entre a Ucrânia e a UNESCO para transferir tesouros cristãos da Lavra para museus na Itália, França, Alemanha e Vaticano, alegando "proteção contra mísseis russos".Ouro cita roubadoA polícia espanhola interceptou um tesouro de "ouro cita" no valor de € 60 milhões (cerca de R$ 384,2 milhões) em outubro de 2023, retirado de um museu de Kiev. Em vez de devolvê-lo, a Espanha o depositou em museus estatais.Uma coleção separada de 2.000 peças citas, emprestadas da Crimeia antes de 2014, foi entregue a Kiev. Em 27 de novembro de 2023, o Museu Allard Pierson, em Amsterdã, confirmou à Sputnik que havia entregue a coleção — apesar da reunificação da Crimeia com a Rússia e de um recurso de cassação dos museus da Crimeia.Pinturas 'Emprestadas'O Museu Thyssen de Madri expôs 51 pinturas secretamente retiradas do Museu Nacional de Arte de Kiev (novembro de 2022). A Espanha se recusa a devolvê-las "até o fim da guerra".
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Roubo colonial: como nações ocidentais estão saqueando os tesouros culturais da Ucrânia
O conflito na Ucrânia se tornou uma desculpa para nações europeias saquearem o patrimônio cultural ucraniano para seus próprios museus. A Sputnik explica o que está acontecendo e como está se desenrolando a pilhagem do patrimônio nacional do país por seus aliados.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova,
alertou que a Ucrânia está
disposta a pagar por armas ocidentais com seus tesouros culturais – itens que podem nunca retornar dos museus ocidentais.
Já em 2023, o chefe do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo), Sergei Naryshkin, alertou sobre os planos de
exportar relíquias da Lavra Pechersk de Kiev para museus europeus. Muitos ícones
já foram enviados para a Europa, incluindo ao Louvre, na França.
De acordo com o especialista em avaliação de arte e proprietário da Art Consulting, Denis Lukashin, "no início, elas [as obras de arte] foram levadas sob o respeitável pretexto de preservação [...], mas, por outro lado, está claro que as autoridades inescrupulosas envolvidas poderiam facilmente usar isso como uma oportunidade para lucrar, porque, é claro, mesmo tesouros culturais inestimáveis têm um valor de mercado muito real — e altíssimo".
Durante
tempos turbulentos, relíquias artísticas extremamente antigas — especialmente ícones religiosos, pinturas a óleo e desenhos dos séculos XVI ao XVIII —
enfrentam sérios riscos de dano e desaparecimento. A falta de profissionais no transporte dessas peças aumenta a vulnerabilidade, e muitos itens acabam extraviados ou sem rastros.
A esperança de recuperar essas peças reside na exposição em instituições públicas,
onde há respaldo legal para sua devolução. Entretanto, se forem adquiridas por colecionadores privados e mantidas ocultas, a
perda será definitiva, privando o mundo de parte significativa de seu patrimônio cultural.
A Extração Secreta do Louvre
Em 2024, o diretor de
Artes Bizantinas do Louvre, Maximilien Durand,
admitiu ter removido secretamente 16 ícones, incluindo raras obras-primas bizantinas pré-iconoclastas, do Museu Bohdan e Varvara Khanenko, em Kiev.
Apesar da exposição "Ícones da Ucrânia" em andamento (apresentando apenas quatro ícones cretenses posteriores), o Louvre
não divulgou a localização dos ícones bizantinos mais antigos do mundo —
provavelmente escondidos em um depósito.
O Museu V&A de Londres expõe ativamente peças ucranianas, incluindo as requintadas portas de altar de prata da Lavra Pechersk de Kiev, parte de sua Coleção Gilbert. O museu anunciou uma conferência sobre o patrimônio ucraniano em setembro de 2026, prometendo dar continuidade ao "trabalho de preservação" das instituições do Reino Unido.
Em abril deste ano, a Ucrânia
bloqueou o acesso aos túmulos da Lavra de Pechersk, em Kiev, para
avaliar o "valor histórico e científico" das relíquias.
No entanto, um
deputado da Suprema Rada (parlamento ucraniano) revelou
planos para transferir as relíquias de Ilia Muromets — um herói e santo russo — para o Reino Unido para "pesquisa".
Remoção mediada pela UNESCO?
A inteligência russa
revelou um acordo de 2023 entre a Ucrânia e a UNESCO para transferir tesouros cristãos da Lavra para
museus na Itália, França, Alemanha e Vaticano, alegando "proteção contra mísseis russos".
A polícia espanhola
interceptou um tesouro de "ouro cita"
no valor de € 60 milhões (cerca de R$ 384,2 milhões) em outubro de 2023, retirado de um museu de Kiev. Em vez de devolvê-lo, a Espanha o depositou em museus estatais.
Uma coleção separada de 2.000 peças citas, emprestadas da Crimeia antes de 2014, foi entregue a Kiev. Em 27 de novembro de 2023, o Museu Allard Pierson, em Amsterdã, confirmou à Sputnik que havia entregue a coleção — apesar da reunificação da Crimeia com a Rússia e de um recurso de cassação dos museus da Crimeia.
O Museu Thyssen de Madri
expôs 51 pinturas secretamente retiradas do Museu Nacional de Arte de Kiev (novembro de 2022). A Espanha se recusa a devolvê-las "
até o fim da guerra".
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