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OPEP+ aumenta produção de petróleo em setembro para recuperar espaço no mercado global

© AP Photo / Sven KaestnerEstação de bombeamento no final do oleoduto Druzhba, na refinaria PCK, em Schwedt, leste da Alemanha, em 10 de janeiro de 2007
Estação de bombeamento no final do oleoduto Druzhba, na refinaria PCK, em Schwedt, leste da Alemanha, em 10 de janeiro de 2007 - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2025
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A OPEP+ vai elevar em 547 mil barris por dia a produção de petróleo em setembro. Com isso, busca recuperar espaço no mercado global em meio à pressão dos EUA para reduzir o fornecimento russo. A mudança pode afetar os preços e negociações internacionais.
A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e associados (OPEP+) de aumentar a produção de petróleo em 547.000 barris por dia (bpd) em setembro, é parte de uma estratégia contínua para recuperar espaço diante das potenciais interrupções no fornecimento causadas pelo conflito ucraniano e pela pressão exercida pelos EUA sobre países como a Índia, que continuam comprando petróleo da Rússia.
O aumento inclui também um aumento da produção dos Emirados Árabes Unidos, totalizando cerca de 2,5 milhões de bpd — o equivalente a 2,4% da demanda global. Essa expansão representa uma reversão antecipada dos cortes de produção que o grupo vinha realizando, reforçando o foco na competitividade e na estabilidade do fornecimento.
De acordo com a Reuters, durante uma reunião virtual, oito membros da OPEP+ discutiram a pressão dos EUA para que a Índia suspenda suas compras de petróleo russo. Donald Trump deseja que esse movimento leve Moscou a negociar um acordo de paz com a Ucrânia até o dia 8 de agosto. O grupo justificou sua decisão com base em indicadores econômicos positivos e níveis baixos de estoque mundial.
Está previsto um novo encontro em 7 de setembro, quando o grupo pode considerar retomar cortes de produção equivalentes a 1,65 milhão de bpd, atualmente vigentes até o fim de 2026. A medida busca flexibilidade frente às variações no mercado e no cenário geopolítico.
Bombeamento de petróleo na região de Alimetievsk, república de Tatarstan, Rússia, foto publicada em 11 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2025
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Mídia: Índia mantém compra de petróleo russo, ignorando pressão dos EUA e priorizando acordos
A OPEP+ é composta por países da OPEP e outros dez produtores de petróleo, incluindo a Rússia e o Cazaquistão. Juntos, respondem por cerca de metade da produção mundial. Historicamente, o grupo tem atuado para equilibrar os preços por meio de ajustes na oferta, mas a reversão dos cortes este ano indica mudança de estratégia diante da nova conjuntura.
Os aumentos começaram em abril com um acréscimo de 138.000 bpd, crescendo progressivamente nos meses seguintes: 411.000 bpd em maio, junho e julho, 548.000 em agosto e agora 547.000 em setembro. O ritmo acelerado revela uma tentativa clara de ampliar a influência comercial, especialmente com o Brent se mantendo acima de US$ 70 (R$ 387,68) o barril.
Mesmo com as medidas de aumento na oferta, os preços do petróleo seguem altos, impulsionados pela demanda sazonal. Além dos cortes voluntários de 1,65 milhão de bpd, o grupo ainda mantém um corte mais amplo de 2 milhões de bpd entre todos os membros, em vigor até 2026, oferecendo margem para novos ajustes conforme necessário.
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