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'O que se discute é a autoria', crava Moraes durante julgamento do 8 de janeiro

© telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagensDemocracia é o governo da liberdade com responsabilidade e igualdade para todos', crava Alexandre de Moraes
Democracia é o governo da liberdade com responsabilidade e igualdade para todos', crava Alexandre de Moraes - Sputnik Brasil, 1920, 09.09.2025
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O tom do ministro Alexandre de Moraes em suas declarações, nesta terça-feira (9), enquanto relator da trama golpista vem deixando explícito o que pode vir por aí. É o que afirmam juristas ouvidos pela Sputnik Brasil.
Em sua fala, proferida na sala da 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes faz questão de dizer que "não há dúvida de que houve tentativa de golpe. O que se discute [agora] é a autoria".
Estão sendo julgados, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), generais Augusto Heleno e Braga Netto, entre outros cinco.
"Não é razoável achar normal um general quatro estrelas do Exército, um ministro do GSI, ter uma agenda com anotações golpistas. Ter uma agenda preparando a execução de atos para deslegitimas as eleições, o Poder Judiciário e se perpetuar no poder. Não consigo entender como alguém pode achar normal, em uma democracia em pleno século 21, uma agenda golpista", arguiu o relator.
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Segundo Moraes, o próprio réu confirmou a titularidade da agenda apreendida. O ministro adicionou, ainda, que o general [Heleno] e Alexandre Ramagem utilizaram ilicitamente a Abin para construir o projeto e se manter no poder.

"Dizer que as anotações feitas no documento eram participares, uma espécie de 'meu querido diário' não é razoável", cravou o relator sobre arguições da defesa do general. "O documento denominado 'presidente do TSE' consistia em um documento com vários tópicos e argumentos contrários ao sistema eletrônico e imputando fraudes na Justiça Eleitoral, exatamente idêntico ao que foi dito na live por Jair Bolsonaro. O réu Alexandre Ramagem confirmou a titularidade do documento, salientando, porém, que as anotações feitas no documento eram só para ele, particulares, ele com ele mesmo", amarrou.

Presidente do STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o processo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de participação em uma trama golpista será conduzido com base em provas, e não em disputas políticas.
Barroso também comparou o atual momento ao período da ditadura militar, quando, segundo ele, não havia devido processo legal nem transparência nos julgamentos. O ministro destacou que o STF tem atuado de forma alinhada à Constituição.

Votação acontecendo

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deu o pontapé na apresentação do seu voto no processo contra Bolsonaro e outros 7 réus. A expectativa é de que a manifestação ocorra durante todo o dia e que Moraes faça uma análise rigorosa dos crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mesmo diante das pressões políticas e da administração do presidente norte-americano Donald Trump por concessões aos réus.
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