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Reconhecimento da Palestina: Israel não tem soberania sobre territórios ocupados, diz diplomata

© AP Photo / Jehad AlshrafiPalestinos caminham por acampamento improvisado no porto da Cidade de Gaza, em 22 de maio de 2025
Palestinos caminham por acampamento improvisado no porto da Cidade de Gaza, em 22 de maio de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2025
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O vice-chanceler palestino Omar Awadallah afirma à Sputnik que o reconhecimento da Palestinia pelo Reino Unido, Austrália e Canadá fortalece a Solução de Dois Estados e desafia a política de anexação israelense na região.
Neste domingo (21), conforme anunciado previamente pelos líderes dos três países, o Reino Unido, a Austrália e o Canadá reconheceram formalmente o Estado da Palestina.
"A partir de hoje, domingo, 21 de setembro de 2025, a Comunidade da Austrália reconhece oficialmente o Estado da Palestina como independente e soberano", diz a declaração publicada pelo primeiro-ministro Anthony Albanese em sua conta no X.
Já o premiê canadense, Mark Carney, afirmou que o Canadá reconhece o Estado da Palestina e "oferece sua colaboração para construir um futuro pacífico para a Palestina e Israel".
Por fim, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer disse que "para reacender a esperança de paz para palestinos e israelenses e avançar em direção a uma solução de dois Estados, o Reino Unido reconhece oficialmente o Estado da Palestina".
Os líderes destacaram que o Hamas não deve ter nenhuma parte no governo dos territórios palestinos, uma exigência que o movimento já havia concordado em um acordo de paz mediado pelos Estados Unidos.
Ao reconhecer a Palestina como um Estado independente, o Reino Unido, a Austrália e o Canadá confirmaram novamente que Israel não tem soberania sobre os territórios palestinos ocupados, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Palestina, Omar Awadallah, à Sputnik neste domingo (21).
"Com esta decisão, os países declaram que existe uma maneira prática de alcançar a Solução de Dois Estados, ou seja, o reconhecimento de um Estado palestino. Eles também deixam claro que desejam que o Estado da Palestina se torne parte integrante do Oriente Médio, pois sua criação trará segurança, estabilidade e paz", diisse em entrevista.

"Portanto, esses reconhecimentos confirmam, sem sombra de dúvida, a ausência de soberania israelense sobre os territórios palestinos ocupados, e que todos os países que anteriormente reconheceram Israel o reconhecem nas fronteiras de 1967, fora dos territórios palestinos ocupados."

Isso vai contra a política colonial de Israel, que envolve a apropriação de terras pela força, a chamada "anexação" de territórios palestinos, ou impondo a soberania israelense sobre eles, disse o diplomata sênior da Autoridade Palestina.
Fumaça é vista após ataque militar israelense na Faixa de Gaza em meados de setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 17.09.2025
Panorama internacional
Agressão de Israel em Gaza: crescem as evidências de crimes de guerra
Em agosto deste ano, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou o início do projeto E1, um assentamento que dividiria a Cisjordânia e isolaria Jerusalém Oriental, medida que, segundo seu gabinete, "enterraria" a possibilidade de um Estado palestino.
A iniciativa representa uma escalada significativa na política de assentamentos israelenses, na contramão de tudo o que tem sido defendido na comunidade internacional sobre uma saída para o fim da guerra em Gaza.
De acordo com a Reuters, o projeto E1, que prevê 3.401 casas para colonos entre Maale Adumim e Jerusalém, havia sido congelado em 2012 e novamente em 2020, devido à oposição internacional. A retomada ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas, com aliados ocidentais condenando ações militares israelenses em Gaza e reconhecendo o Estado palestino.
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