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UE pressiona Ucrânia por reformas e tenta contornar veto da Hungria à adesão ao bloco, diz mídia

© AP Photo / Virginia MayoBandeiras da Ucrânia e da União Europeia (UE) penduradas juntas no exterior do edifício antes de uma sessão plenária extraordinária sobre a Ucrânia no Parlamento Europeu em Bruxelas, 1º de março de 2022
Bandeiras da Ucrânia e da União Europeia (UE) penduradas juntas no exterior do edifício antes de uma sessão plenária extraordinária sobre a Ucrânia no Parlamento Europeu em Bruxelas, 1º de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 06.10.2025
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Em visita à Ucrânia, autoridades da União Europeia (UE) reforçaram que o país precisa avançar em reformas e respeitar o Estado de Direito para garantir sua adesão ao bloco, enquanto buscam contornar a oposição da Hungria, que bloqueia o progresso das negociações por questões étnico-linguísticas.
Altos representantes da UE visitaram a Ucrânia com uma mensagem clara: o país ainda precisa avançar significativamente em reformas para garantir sua adesão ao bloco. Ao mesmo tempo, enfrentam o desafio de superar a oposição da Hungria, que bloqueia o progresso das negociações citando preocupações com os direitos linguísticos da minoria húngara na Ucrânia.
De acordo com a Reuters, a comissária para a Ampliação da UE, Marta Kos, liderou uma missão diplomática na Ucrânia, incluindo encontros com a comunidade húngara local, em uma tentativa de aliviar tensões. Segundo a apuração, a adesão à UE é vista por muitos ucranianos como uma esperança de prosperidade, especialmente após décadas de conturbações políticas que fizeram o país entrar em rota de colisão com a Rússia.
Apesar de algum entusiasmo popular, a Ucrânia enfrenta obstáculos internos. Uma tentativa recente de limitar a autonomia de órgãos anticorrupção gerou preocupação entre os países da UE, que exigem respeito absoluto ao Estado de Direito como condição para a adesão. Kos reforçou que reformas rigorosas são necessárias em áreas como meio ambiente, agricultura e justiça.
Autoridades europeias indicam que, caso a Ucrânia mantenha o ritmo das reformas e cumpra os critérios legais, será possível contornar a resistência do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que não permitirá que um único país decida o futuro europeu, e defendeu a continuidade do trabalho técnico entre Kiev e a Comissão Europeia.
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O episódio de 22 de julho, quando o procurador-geral tentou ampliar seu controle sobre órgãos anticorrupção, foi criticado por Kos como um risco à confiança europeia. Embora o governo ucraniano tenha revertido a medida após protestos, o incidente evidenciou a fragilidade institucional e a necessidade de vigilância constante.
Kos acredita que a sociedade ucraniana está comprometida com a adesão e que a questão não é "se", mas "como e quando" — apesar das vozes contrárias à adesão que destacam o quão economicamente inviável parece o movimento do bloco. O vice-primeiro-ministro ucraniano Taras Kachka reafirmou o compromisso do país com reformas alinhadas aos padrões internacionais, mas Kiev está longe de poder garantir as condições exigidas pela UE, especialmente quando nem mesmo é capaz de mapear os destinos da ajuda militar europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sugeriu que a Ucrânia pudesse entrar na UE até 2030, caso mantenha o ritmo atual de reformas. No entanto, diplomatas europeus alertam que o processo é complexo e demorado, especialmente diante da oposição húngara e da necessidade de unanimidade para mudanças nas regras de adesão.

A longo prazo, o apoio popular à entrada da Ucrânia na UE varia entre os países do bloco. Enquanto 91% dos suecos são favoráveis, apenas 28% dos tchecos compartilham essa posição. Kos reconhece essas divergências e propõe diálogo para esclarecer preocupações nacionais, reforçando o compromisso da UE com um processo transparente e inclusivo.

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