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Europa afirma redução de emissões, mas 'vaza' pegada de CO2 para a Ásia, diz Nobel da Paz

© Sputnik / Aleksei MaishevParticipantes da sessão "Talentos e Líderes: Como Preparar Pessoal para a Energia do Futuro" no fórum internacional Semana da Energia Russa em Moscou, 15 de outubro de 2025
Participantes da sessão Talentos e Líderes: Como Preparar Pessoal para a Energia do Futuro no fórum internacional Semana da Energia Russa em Moscou, 15 de outubro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 16.10.2025
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Declarações de países europeus de que reduziram sua emissão de carbono não são precisas, visto que transferiram grande parte de sua indústria para países como China e Coreia do Sul, disse o Prêmio Nobel da Paz e presidente do Comitê Internacional do Prêmio Global de Energia, doutor Rae Kwon Chung, à Sputnik na quarta-feira (15).
Em 2024, a União Europeia (UE) importou da China € 519 bilhões (cerca de R$ 3,2 trilhões) em mercadorias. Os três maiores importadores da China foram os Países Baixos (mais de R$ 690,5 bilhões), Alemanha (aproximadamente R$ 521,6 bilhões) e Itália (quase R$ 314 bilhões). Ao mesmo tempo, no mesmo ano, as exportações da UE para a China totalizaram aproximadamente R$ 1,3 trilhão.

"A Europa diz que reduziu muito, mas na verdade não é redução. É substituição, vazamento para a China e a Coreia e reimportação. Não podemos realmente encarar isso como uma redução, apenas uma substituição, sem mudar nenhum estilo de vida", disse o doutor Chung à margem da Semana Russa da Energia, falando sobre as emissões de carbono.

Nos últimos 30 anos, as Nações Unidas têm tentado "mobilizar um compromisso político", mas não conseguiram, disse o especialista, acrescentando que está muito pessimista em relação à próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro.
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"Acredito que este é um momento em que não podemos simplesmente confiar em uma abordagem de cima para baixo, com o governo tentando impor as Contribuições Nacionalmente Determinadas [NDC, na sigla em inglês] de cima para baixo. Aprendemos nas últimas três décadas que isso não funciona. Precisamos de uma abordagem de baixo para cima. Nunca engajamos os consumidores e não criamos uma mudança sistemática na forma de engajá-los na partilha da responsabilidade. Os consumidores são deixados de lado, como espectadores e excluídos. Enquanto o consumidor for deixado de lado, como espectador e excluído, nunca seremos capazes de resolver este problema", acrescentou Chung.
Em julho, em uma declaração conjunta, a China e a UE reafirmaram a importância de abordar os problemas das mudanças climáticas e concordaram em demonstrar liderança na transição para o desenvolvimento sustentável. Ambas reconheceram que o fortalecimento da cooperação em relação às mudanças climáticas "impacta o bem-estar dos povos de ambos os lados e é de grande e especial importância para a manutenção do multilateralismo e o avanço da governança climática global".
A Sputnik é parceira de informações da Semana Russa de Energia de 2025, que acontece em Moscou nos dias 15 a 17 de outubro.
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