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Brasil lidera nova iniciativa global para quadruplicar uso de combustíveis sustentáveis até 2035
Brasil lidera nova iniciativa global para quadruplicar uso de combustíveis sustentáveis até 2035
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Em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, João Marcos Paes Leme, diretor do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil... 14.10.2025, Sputnik Brasil
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O objetivo, segundo o representante, é quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035, como parte de um esforço para descarbonizar a economia e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.Durante participação na pré-COP30, Paes Leme explicou que a meta não é arbitrária.Ela se baseia em um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), também divulgado hoje, que aponta como essa multiplicação pode acelerar a descarbonização de setores de difícil transformação, como as indústrias de cimento e aço, e os transportes aéreo e marítimo."Esses são setores onde a eletrificação não será suficiente para alcançar a descarbonização, então os combustíveis sustentáveis terão um papel crucial no curto e médio prazos", explicou.O Brasil, mais outros países, como Itália, Japão e Índia, já se comprometeu formalmente com essa iniciativa."A reunião em Brasília teve uma boa receptividade, e a expectativa é que mais países se juntem até a cúpula de Belém", destacou o diretor, reforçando que o compromisso será formalizado na cúpula de líderes e poderá influenciar as discussões da conferência.A proposta, que é complementar a outras metas já estabelecidas, como a duplicação da energia renovável e a triplicação da eficiência energética, visa a um avanço mais rápido na transição energética, especialmente em áreas onde as tecnologias existentes não são suficientes.Paes Leme explicou que o setor elétrico, com as fontes eólica e solar, já tem mostrado resultados, mas é preciso focar também combustíveis sustentáveis para os setores industriais e de transporte.Ao ser questionado sobre a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês), lançada na cúpula do G20 de 2023, na Índia, Paes Leme afirmou que a nova iniciativa não é uma extensão da GBA, mas uma proposta mais ampla."A GBA continua válida e prioritária para o Brasil. Mas essa nova iniciativa busca o apoio do maior número possível de países, para criar um ambiente político que incentive a produção em escala dessas soluções sustentáveis", explicou.A iniciativa também visa garantir que tecnologias viáveis, mas ainda de pequena escala, como o combustível sustentável para aviação (SAF, na sigla em inglês), sejam produzidas em volume suficiente para atender à demanda global. "Hoje a utilização é mínima, mas já sabemos como fazer. O desafio é produzir em larga escala, e é isso que buscamos acelerar", concluiu Paes Leme.Enquanto isso, as tensões tarifárias entre grandes produtores, como o Brasil e os Estados Unidos, não parecem afetar diretamente a iniciativa. Paes Leme destacou que a produção de combustíveis sustentáveis não dependerá exclusivamente de países como Brasil, Índia e EUA."O objetivo é criar uma solução global para combater as mudanças climáticas, não um jogo de interesses entre países", afirmou, buscando desassociar a iniciativa de questões comerciais mais amplas.
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Brasil lidera nova iniciativa global para quadruplicar uso de combustíveis sustentáveis até 2035
14:43 14.10.2025 (atualizado: 17:41 14.10.2025) Em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, João Marcos Paes Leme, diretor do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, anunciou uma nova meta global que pode transformar o futuro energético de diversos setores industriais e de transporte.
O objetivo, segundo o representante, é
quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035, como parte de um esforço para descarbonizar a economia e
reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Durante participação na pré-COP30, Paes Leme explicou que a meta não é arbitrária.
Ela se baseia em um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), também divulgado hoje, que aponta como essa multiplicação pode acelerar a descarbonização de setores de difícil transformação, como as indústrias de cimento e aço, e os transportes aéreo e marítimo.
"Esses são setores onde a eletrificação não será suficiente para alcançar a descarbonização, então os combustíveis sustentáveis terão um papel crucial no curto e médio prazos", explicou.
O Brasil, mais outros países, como Itália, Japão e Índia, já se comprometeu formalmente com essa iniciativa.
"A reunião em Brasília teve uma boa receptividade, e a expectativa é que mais países se juntem até a cúpula de Belém", destacou o diretor, reforçando que o compromisso será formalizado na cúpula de líderes e poderá influenciar as discussões da conferência.
"Estamos menos preocupados com o documento formal da COP. O importante é enviar um sinal político forte para o setor econômico", afirmou Paes Leme.
A proposta, que é complementar a outras metas já estabelecidas, como a duplicação da energia renovável e a triplicação da eficiência energética, visa a um avanço mais rápido na
transição energética, especialmente em áreas onde as tecnologias existentes não são suficientes.
Paes Leme explicou que o setor elétrico, com as fontes eólica e solar, já tem mostrado resultados, mas é preciso focar também combustíveis sustentáveis para os setores industriais e de transporte.
Ao ser questionado sobre a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês), lançada na cúpula do G20 de 2023, na Índia, Paes Leme afirmou que a nova iniciativa não é uma extensão da GBA, mas uma proposta mais ampla.
"A GBA continua válida e prioritária para o Brasil. Mas essa nova iniciativa busca o apoio do maior número possível de países, para criar um ambiente político que incentive a produção em escala dessas soluções sustentáveis", explicou.
A iniciativa também visa garantir que tecnologias viáveis, mas ainda de pequena escala, como o combustível sustentável para aviação (SAF, na sigla em inglês), sejam produzidas em volume suficiente para atender à demanda global. "Hoje a utilização é mínima, mas já sabemos como fazer. O desafio é produzir em larga escala, e é isso que buscamos acelerar", concluiu Paes Leme.
Enquanto isso, as tensões tarifárias entre grandes produtores, como o Brasil e os Estados Unidos, não parecem afetar diretamente a iniciativa. Paes Leme destacou que a produção de combustíveis sustentáveis não dependerá exclusivamente de países como Brasil, Índia e EUA.
"O objetivo é criar uma solução global para combater as mudanças climáticas, não um jogo de interesses entre países", afirmou, buscando desassociar a iniciativa de
questões comerciais mais amplas.
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