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'Nova Era' da China redefine a política externa e inquieta o Ocidente
'Nova Era' da China redefine a política externa e inquieta o Ocidente
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Em entrevista à Rádio Sputnik, nesta terça-feira (9), os professores Samuel Spellmann (UFPA) e Evandro Menezes de Carvalho (FGV/UFF) analisaram a transformação... 09.12.2025, Sputnik Brasil
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Spellmann explicou que a China adotou por décadas uma postura discreta no cenário internacional para ganhar tempo e fortalecer suas capacidades internas. Essa estratégia moldou uma sociedade paciente e consciente de sua força, que agora, sob liderança de Xi Jinping e influenciada pela geração que viveu a Revolução Cultural, assume uma posição mais firme no mundo. A juventude chinesa apoia majoritariamente a política externa do governo, inclusive com engajamento digital e posicionamentos como a defesa da Palestina.Para Menezes o governo chinês adota uma lógica própria de supervisão e controle, muito diferente do modelo ocidental de pesos e contrapesos. Segundo ele, a frase citada por Xi Jinping em 2013, "governar a China é como fritar um peixe pequeno", expressa bem esse estilo: o Estado deve supervisionar constantemente, mas intervir o mínimo possível, para não desestabilizar o equilíbrio interno "O governo tem consciência de que, se apertar demais, a sociedade responde. O apoio ao governo existe, mas desde que ele não atrapalhe demais a vida das pessoas", destacou o especialista, que também alertou para a sofisticação do sistema chinês, com supervisão horizontal e vertical intensa, ajustada à realidade cultural e política do país.América LatinaEvandro Menezes explicou que a China vê a América Latina como estratégica para garantir sua segurança alimentar e energética, e não como um espaço de presença militar. Segundo ele, o que incomoda os Estados Unidos é o avanço econômico chinês, que cria obstáculos à doutrina de domínio regional dos EUA, especialmente em um cenário de possíveis guerras. Spellmann reforçou que o aumento das relações comerciais com a China enfraquece a pressão militar dos EUA na região, e fortalece a construção de um projeto de integração latino-americana. Ele lembrou que essa integração é um objetivo previsto na Constituição brasileira e destacou que esse processo exige persistência: "é algo que se constrói todo dia, um passo de cada vez."
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'Governo chinês adota uma lógica própria de supervisão e controle, muito diferente do modelo ocidental', diz analista
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Presença da China na América Latina incomoda os EUA, dizem especialistas
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'Nova Era' da China redefine a política externa e inquieta o Ocidente
15:33 09.12.2025 (atualizado: 10:14 10.12.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
Em entrevista à Rádio Sputnik, nesta terça-feira (9), os professores Samuel Spellmann (UFPA) e Evandro Menezes de Carvalho (FGV/UFF) analisaram a transformação da China em potência global e os impactos internos e externos dessa nova fase chamada de "Nova Era".
Spellmann explicou que a China adotou por décadas uma postura discreta no cenário internacional para ganhar tempo e fortalecer suas capacidades internas. Essa estratégia moldou uma sociedade paciente e consciente de sua força, que agora, sob
liderança de Xi Jinping e influenciada pela geração que viveu a Revolução Cultural, assume uma posição mais firme no mundo.
A
juventude chinesa apoia majoritariamente a política externa do governo, inclusive com engajamento digital e posicionamentos como a defesa da Palestina.
"Costumo dizer, mas é só uma hipótese de reflexão, que ainda que o governo chinês não quisesse crescer a economia chinesa, talvez não consiga mais. Porque a própria sociedade chinesa, com seu dinamismo, já movimenta o país em uma certa direção [...]. Hoje a China tem quase 400 milhões de pessoas na faixa de renda média [...]. A proposta do governo é dobrar até 2035 [...]. Isso tem impacto na economia mundial", destacou Evandro Menezes.
Para Menezes o governo chinês adota uma lógica própria de supervisão e controle, muito diferente do modelo ocidental de pesos e contrapesos.
Segundo ele, a frase citada por Xi Jinping em 2013, "governar a China é como fritar um peixe pequeno", expressa bem esse estilo: o Estado deve supervisionar constantemente, mas intervir o mínimo possível, para não desestabilizar o equilíbrio interno
"O governo tem consciência de que, se apertar demais, a sociedade responde. O apoio ao governo existe, mas desde que ele não atrapalhe demais a vida das pessoas", destacou o especialista, que também alertou para a sofisticação do sistema chinês, com supervisão horizontal e vertical intensa, ajustada à realidade cultural e política do país.
Evandro Menezes explicou que a China vê a América Latina como estratégica para garantir sua segurança alimentar e energética, e não como um espaço de presença militar.
Segundo ele, o que incomoda os Estados Unidos é o avanço econômico chinês, que cria obstáculos à doutrina de domínio regional dos EUA, especialmente em um
cenário de possíveis guerras.
"A presença chinesa econômica [...] cria essa dificuldade para os Estados Unidos terem um controle total sobre a região, que seria fundamental para manter seu projeto de potência hegemônica mundial", afirmou.
Spellmann reforçou que o
aumento das relações comerciais com a China enfraquece a pressão militar dos EUA na região, e fortalece a construção de um
projeto de integração latino-americana. Ele lembrou que essa integração é um objetivo previsto na Constituição brasileira e destacou que esse processo exige persistência: "é algo que se constrói todo dia, um passo de cada vez."
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