https://noticiabrasil.net.br/20251209/custos-trabalhistas-disparam-e-complicam-reestruturacao-da-estatal-dos-correios-diz-midia-45909794.html
Custos trabalhistas disparam e complicam reestruturação da estatal dos Correios, diz mídia
Custos trabalhistas disparam e complicam reestruturação da estatal dos Correios, diz mídia
Sputnik Brasil
Os Correios enfrentam pressão crescente para conter despesas, enquanto o gasto com pessoal, inflado por benefícios acima da CLT, deve alcançar R$ 15,1 bilhões... 09.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-09T07:47-0300
2025-12-09T07:47-0300
2025-12-09T11:10-0300
notícias do brasil
economia
correios
inss
folha de s.paulo
américas
brasil
estatal
crise financeira
salários
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/0c/09/45906885_0:160:3072:1888_1920x0_80_0_0_4449cd23f187b106d34a2408af01aa31.jpg
A redução dos custos trabalhistas tornou-se um dos principais desafios do plano de reestruturação da empresa pública brasileira. O peso da folha é ampliado por benefícios superiores aos previstos na legislação, assegurados pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado no ano passado.O ACT prevê vantagens como gratificação de 70% nas férias, hora tripla em domingos e feriados e marcação de ponto por exceção. Parte dessas cláusulas foi incorporada quando a empresa já enfrentava dificuldades financeiras — medidas legais, mas que, segundo especialistas, podem reduzir a competitividade da estatal diante do setor privado.Enquanto os gastos com pessoal cresceram, as receitas recuaram 6,6% em 2024, somando R$ 21,5 bilhões. Embora outras estatais também tenham despesas elevadas, as diferenças de atuação e acordos dificultam comparações diretas. Ainda assim, os Correios planejam rever cláusulas e implementar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que pode eliminar 15 mil postos até 2027.Além dos benefícios principais, o acordo garante vale-refeição mesmo durante férias, auxílio para dependentes com deficiência e manutenção de licença-saúde por até 90 dias durante recursos no INSS. Mesmo com prejuízo bilionário, novas vantagens foram incluídas, como licença remunerada para sintomas menstruais graves e ampliação do período de amamentação.A estatal também concedeu reajuste salarial de 4,11% e ampliou a liberação de dirigentes de entidades habitacionais ligadas ao Minha Casa, Minha Vida. Questionada sobre o impacto financeiro de cada cláusula, a empresa forneceu apenas dados agregados e afirmou negociar um novo ACT sem precarizar direitos, segundo a Folha de S.Paulo.O acordo foi validado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), mas integrantes da equipe econômica criticam a pasta por autorizar reajustes e concursos em meio à crise. Técnicos avaliam que o órgão falhou no controle das despesas e poderia ter barrado medidas que agravaram o caixa.O MGI afirma que a Lei das Estatais impede interferência direta na gestão e que cabe às empresas negociar dentro dos limites da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União. Mesmo assim, a pasta havia se posicionado contra a hora tripla, que acabou mantida.Enquanto sindicatos defendem que os benefícios preservam a renda da categoria, especialistas ouvidos pela Folha, como Fernando Vernalha, veem no ACT sinais de "ineficiência estrutural" e alertam que apenas cortar pessoal não será suficiente para tornar os Correios competitivos.
https://noticiabrasil.net.br/20251205/brasil-na-vitrine-o-que-levou-o-investimento-estrangeiro-no-brasil-saltar-67-em-3-anos-45816660.html
brasil
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/0c/09/45906885_171:0:2902:2048_1920x0_80_0_0_59cf169ed7940b6a40f7e4c1b81e5f57.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
economia, correios, inss, folha de s.paulo, américas, brasil, estatal, crise financeira, salários, empresa, custo, salário
economia, correios, inss, folha de s.paulo, américas, brasil, estatal, crise financeira, salários, empresa, custo, salário
Custos trabalhistas disparam e complicam reestruturação da estatal dos Correios, diz mídia
07:47 09.12.2025 (atualizado: 11:10 09.12.2025) Os Correios enfrentam pressão crescente para conter despesas, enquanto o gasto com pessoal, inflado por benefícios acima da CLT, deve alcançar R$ 15,1 bilhões em 2025. Com receitas em queda e resistência sindical, a estatal aposta na revisão de cláusulas e em um amplo plano de demissões para tentar recuperar fôlego financeiro.
A redução dos custos trabalhistas tornou-se um dos
principais desafios do plano de reestruturação da empresa pública brasileira.
O peso da folha é ampliado por benefícios superiores aos previstos na legislação, assegurados pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado no ano passado.
O ACT prevê vantagens como gratificação de 70% nas férias, hora tripla em domingos e feriados e marcação de ponto por exceção. Parte dessas cláusulas foi incorporada quando a empresa
já enfrentava dificuldades financeiras — medidas legais, mas que, segundo especialistas,
podem reduzir a competitividade da estatal diante do setor privado.
Enquanto os gastos com pessoal cresceram, as receitas recuaram 6,6% em 2024, somando R$ 21,5 bilhões. Embora outras estatais também tenham
despesas elevadas, as
diferenças de atuação e acordos dificultam comparações diretas. Ainda assim, os Correios planejam rever cláusulas e implementar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que pode eliminar 15 mil postos até 2027.
Além dos benefícios principais, o acordo garante vale-refeição mesmo durante férias, auxílio para dependentes com deficiência e manutenção de licença-saúde por até 90 dias durante recursos no INSS. Mesmo com
prejuízo bilionário, novas vantagens foram incluídas, como
licença remunerada para sintomas menstruais graves e ampliação do período de amamentação.
A estatal também concedeu reajuste salarial de 4,11% e ampliou a liberação de dirigentes de entidades habitacionais ligadas ao Minha Casa, Minha Vida. Questionada sobre o impacto financeiro de cada cláusula, a empresa
forneceu apenas dados agregados e afirmou negociar um novo ACT sem precarizar direitos,
segundo a Folha de S.Paulo.
O acordo foi validado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), mas
integrantes da equipe econômica criticam a pasta por autorizar reajustes e concursos
em meio à crise. Técnicos avaliam que o órgão falhou no controle das despesas e poderia ter barrado medidas que agravaram o caixa.
O MGI afirma que a Lei das Estatais impede interferência direta na gestão e que cabe às empresas negociar dentro dos limites da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União. Mesmo assim, a pasta havia se posicionado contra a hora tripla, que acabou mantida.
Enquanto sindicatos defendem que os
benefícios preservam a renda da categoria, especialistas ouvidos pela Folha, como Fernando Vernalha, veem no ACT sinais de "
ineficiência estrutural" e alertam que apenas cortar pessoal não será suficiente para tornar os Correios competitivos.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).