Em particular, trata-se do Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), Força da Sibéria e do Turkish Stream (Corrente Turca), escreve a Bloomberg.
Note-se que o fechamento do último reator nuclear e de um número de usinas termoelétricas na Alemanha em 2022 também levará a um aumento na demanda.
"Suprimentos adicionais da Rússia colocam a Europa em uma posição mais confortável", diz a publicação.
Ao mesmo tempo, as autoridades alemãs ressaltam que, durante décadas, Moscou continuou sendo um fornecedor confiável — nem a Guerra Fria nem a escalada de tensões nas relações devido à situação na Ucrânia impediram isso. Os empresários na Alemanha também referem que a crescente influência da empresa russa Gazprom (gigante da área de energia) não lhes causa preocupação.
"Em algum momento, os políticos têm que dizer se estão preocupados com isso ou não, mas isto para nós é um negócio. Este é um mercado de livre acesso. Todos os que querem vender aqui os seus produtos são bem-vindos", cita a agência as palavras do diretor comercial da empresa energética RWE, Andre Stracke.
3 gasodutos russos
Em 2014, a Gazprom assinou um acordo por 30 anos com a Corporação Nacional de Petróleo da China, tendo acordado o fornecimento de 38 bilhões de metros cúbicos anuais de gás russo através do gasoduto Força da Sibéria.
Outro gasoduto importante é o Nord Stream 2, que representa uma joint venture entre a gigante do gás russa Gazprom e cinco empresas europeias. O objetivo do projeto é fornecer anualmente 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural russo diretamente para a União Europeia através do mar Báltico.
Ao falar sobre o projeto Corrente Turca, vale destacar que ele foi anunciado no final de 2014 pelo presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita oficial à Turquia. Em novembro de 2015, o projeto foi suspenso depois que um avião russo Su-24 foi derrubado por um caça turco na Síria. As relações entre Moscou e Ancara foram retomadas em junho do ano passado, depois da apresentação de um pedido de desculpas pela Turquia à Rússia.
Em outubro de 2016, Moscou e Ancara assinaram um acordo intergovernamental sobre a construção de duas linhas submarinas do gasoduto através do mar Negro. Estima-se que a capacidade anual de cada linha alcance 15,75 bilhões de metros cúbicos de gás natural.