"Com bom senso e muito trabalho e dedicação, reconquistaremos nosso lugar. Essa é a real dimensão do enorme trabalho de reconstrução que nos aguarda, depois de um retrocesso sem precedentes na nossa política externa. Estamos prontos a encará-la de frente e com confiança", discursou Vieira, que não poupou elogios ao ex-chanceler Celso Amorim, por ele classificado como "um dos maiores diplomatas da nossa história".
"Nesse contexto, é difícil imaginar que o Brasil possa desempenhar o mesmo papel de potência emergente do passado, limitando seu raio de ação aos temas multilaterais e às questões regionais sul-americanas", refletiu.
Haverá retomada dos moldes externos das gestões anteriores de Lula?
"Dificilmente haverá apoio político interno, seja no parlamento ou na sociedade, a grandes iniciativas internacionais, sobretudo aquelas que representem algum gasto adicional ao Estado", avaliou.
"A busca de relações positivas com todas as regiões do mundo, idem. Vieira foi cuidadoso o bastante para não fazer nenhum tipo de promessa que coloque o Brasil em posição de fragilidade. Além disso, dedicou parte importante do discurso aos próprios diplomatas e aos desafios que dizem respeito à carreira. Resta saber se o governo terá força suficiente para atender a todas estas demandas que o mundo terá com relação ao Brasil", concluiu.