"A Europa está tão envolvida na guerra que nem sequer tem uma estimativa dos custos e meios necessários para atingir o seu objetivo militar. Nunca vi nada mais irresponsável na minha vida", disse Orbán em entrevista ao canal Patriota no YouTube.
Segundo ele, a Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN) quer fazer parte do conflito na Ucrânia e "as chances de a aliança conseguir ficar longe disso são limitadas, porque não querem ser persuadidos".
Orbán também criticou a proposta do presidente do Partido Popular Europeu, a principal facção do Parlamento Europeu, Manfred Weber, de introduzir o serviço militar obrigatório na União Europeia.
O portal húngaro V4A, citando fontes de Bruxelas, indicou que "a nova composição do Parlamento Europeu após as eleições de junho abordará essa questão entre as primeiras".
"Não queremos que mais ninguém possa tomar decisões sobre o recrutamento e o envio dos nossos jovens em idade militar para qualquer lugar. Devemos esquecer o Exército Europeu, que tem recrutamento obrigatório [...] é uma ideia maluca", sublinhou Orbán ao canal.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia dá continuidade a uma operação militar especial na Ucrânia, cujos objetivos, segundo o seu presidente, Vladimir Putin, são proteger a população de "um genocídio do regime de Kiev" e enfrentar os riscos de segurança nacional que representa o avanço da OTAN para leste.