Panorama internacional

Venezuela revoga convite para União Europeia monitorar eleições no país após manutenção de sanções

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela revogou nesta terça-feira (28) o convite realizado anteriormente à União Europeia (UE) para enviar uma missão a fim de monitorar as eleições presidenciais no país, previstas para o dia 28 de julho. A medida acontece diante da decisão do bloco de ratificar sanções contra o país caribenho.
Sputnik

"O poder eleitoral da República Bolivariana da Venezuela revoga e anula o convite que estendeu à União Europeia para que participasse de uma missão de monitoramento eleitoral nas eleições para o cargo de presidente, decisão adotada no exercício de nossa soberania", informou o presidente do CNE venezuelano, Elvis Amoroso.

Conforme o órgão, a medida é uma reação à hostilidade do bloco europeu em relação ao país. "Seria imoral permitir a participação [da UE] conhecendo suas práticas neocolonialistas e intervencionistas contra a Venezuela, não sendo bem-vinda sua presença em um processo eleitoral tão importante para a democracia e a paz da nação", destacou.
A decisão do CNE foi divulgada duas semanas após o Congresso venezuelano aprovar um acordo que pedia ao órgão a anulação do convite à UE.

Sanções prorrogadas até 2025

Em 13 de maio, o bloco europeu decidiu retirar temporariamente as sanções contra o presidente do CNE e os ex-funcionários Socorro Hernández, Xavier Moreno e Leonardo Morales, mas prorrogou as medidas contra a Venezuela até 2025.
O convite para a UE acompanhar as eleições presidenciais venezuelanas ocorreu em março deste ano, quando chegaram a ocorrer pelo menos dois encontros com uma delegação europeia em Caracas.
O alto representante da UE para Assuntos Exteriores e de Segurança, Josep Borrell, declarou na última segunda-feira (29) que "no devido tempo" informaria sobre o possível envio de uma missão de observação comunitária às eleições presidenciais venezuelanas. O anúncio ocorreu antes da retirada do convite.
Panorama internacional
Venezuela diz que sanções são usadas pelo Ocidente como 'estratégia de domínio colonial moderno'

Fim da disposição em 'relaxar ou suspender' medidas

Ainda em novembro do ano passado, o Conselho da UE resolveu prolongar até maio deste ano as sanções contra Caracas, mas declarou disposição em relaxar ou suspender as restrições sob determinadas condições.
O primeiro pacote de sanções contra a Venezuela pela UE ocorreu em 2017, quando houve embargo à venda de armamentos e materiais militares. A lista também incluía o congelamento de ativos e o impedimento da entrada no território da UE de alguns cidadãos venezuelanos.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar