O ataque foi seguido por "chamados furiosos de Berlim e Washington e a ameaça de parar" de fornecer mísseis antiaéreos a Kiev se tal incidente acontecesse novamente.
Moscou alertou repetidamente que os ataques ucranianos em território russo, utilizando equipamento militar fornecido pelo Ocidente, poderiam levar a um conflito direto com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A agência de notícias AFP, entretanto, citou fontes não identificadas que afirmaram que o governo de Kiev utilizou armas ocidentais "em diversas ocasiões" para lançar ataques contra o território russo, mais recentemente contra a cidade de Krasnodar, no sul da Rússia.
As fontes não especificaram quais objetos foram visados. O Ministério da Defesa russo havia dito anteriormente que as Forças Armadas ucranianas tentavam constantemente atacar o território da região russa de Krasnodar usando veículos aéreos não tripulados do tipo aeronave.
O presidente russo Vladimir Putin disse aos repórteres na terça-feira (28) que alguns membros da OTAN, especialmente os menores, "deveriam saber com o que estão brincando" quando sugerem permitir que Kiev lance ataques em território russo. Ele acrescentou que Moscou está acompanhando de perto tais declarações.
A declaração foi feita depois de o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, ter dito que tinha chegado o momento de os aliados transatlânticos desatarem as mãos dos militares ucranianos e permitirem formalmente que Kiev utilizasse os seus sistemas de ataque de longo alcance de origem ocidental para atingir as posições de retaguarda da Rússia.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, respondeu dizendo que Stoltenberg tinha excedido a sua autoridade e que o seu comportamento tinha sido repreendido pelos próprios membros da OTAN. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, disse que o bloco militar liderado pelos EUA estava brincando com a retórica militar, aumentando o grau de escalada e mergulhando no que chamou de "êxtase" bélico.