"Durante a sua visita a Nairóbi para participar na reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o primeiro-ministro do Níger entregou uma mensagem à CEDEAO, convidando os membros da Comunidade a aderirem à Aliança dos Estados do Sahel", disse a publicação.
O convite de Zeine foi feito em meio à apelos para que Burkina Faso, Mali e Níger reingressem à CEDEAO.
Em setembro de 2023, os três países instituíram a AES para criar uma "arquitetura de defesa coletiva". De acordo com a aliança, um ataque contra soberania ou integridade territorial de um ou mais membros da AES seria considerado uma agressão contra todos os Estados-membros e exigiria assistência mútua, incluindo o uso da força militar.
No final de janeiro deste ano, os três países anunciaram suas saídas da CEDEAO. Segundo seus representantes, a organização se tornou uma ameaça para os Estados que a compõe, observando que o bloco impôs "sanções ilegais, ilegítimas, desumanas e irresponsáveis" contra seus próprios membros.
Burkina Faso, Mali e Níger foram suspensos da comunidade e da União Africana após a mudança militar de governo dos três estados em 2021, 2022 e 2023, respectivamente.
Em resposta a transição de governos, a CEDEAO impôs várias sanções a cada um dos três países, embora algumas das restrições tenham sido levantadas desde então.
No início de agosto de 2023, a CEDEAO suspendeu a ajuda financeira ao Níger, fechou fronteiras, cancelou transações comerciais com o país, impôs uma proibição de viagens e congelou os bens dos soldados rebeldes, das suas famílias e de todos aqueles que concordassem em "participar nas instituições estabelecido pelos golpistas".
O bloco também considerou uma intervenção militar no país.
Burkina Faso, Mali e Níger estão marcados para abandonar a CEDEAO em 29 de janeiro de 2025. Por sua vez, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental defende a busca por uma solução negociada.