A inclusão faz parte de um relatório conduzido pela organização sobre mortes de crianças em conflitos armados e será apresentada ao Conselho de Segurança neste mês. Desde o início do conflito promovido por Israel em Gaza, mais de 36 mil palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças.
O governo israelense reagiu duramente à medida. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a ONU "se uniu aos que apoiam os assassinos do Hamas" e também saiu em defesa das tropas israelenses: "São o exército mais moral da história", acrescentou.
Um dos mais ferrenhos apoiadores do premiê, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, classificou a lista como "uma vergonha" e previu que a medida vai impactar ainda mais as relações do país com a ONU.
Reação após ataque à escola
O secretário-geral da ONU notificou o país um dia depois do ataque a uma escola da organização em Gaza, quando pelo menos 40 pessoas morreram. Guterres ainda lamentou que as Nações Unidas não conseguiram garantir a proteção de funcionários e pessoas atendidas pela unidade.
Já Israel afirmou que o espaço abrigava uma base do Hamas. O país está cada vez mais isolado no cenário internacional, apesar do apoio financeiro e militar dos Estados Unidos.
Além disso, um relatório divulgado nesta semana revelou que desde outubro do ano passado o número de bombas enviadas à Faixa de Gaza por Tel Aviv ultrapassou o montante lançado em Dresden, Hamburgo e Londres durante a Segunda Guerra Mundial. O dado foi divulgado pelo Monitor Euro-Mediterrânico de Direitos Humanos.
A organização, com sede em Genebra, estimou o número de toneladas de bombas israelenses lançadas sobre o enclave palestino ao cobrir o período entre 7 de outubro e 24 de abril.